sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Não dou chupetas, só pontapés

Um idiota, no outro dia, sugeriu num comentário que se dessem chupetas a quem procurou aconselhamento por causa da eleição de Donald Trump. Este imbecil é ignorante da história americana, pois deveria saber, antes de fazer comentários parvos, que os EUA tiveram campos de internamento para japoneses no seguimento da Segunda Grande Guerra Mundial. Esta semana, um dos fulanos de um grupo que apoia o Trump, disse que esses campos de internamento são um "precedente" para Trump seguir uma política de registo de muçulmanos.

Caros idiotas que oferecem chupetas aqui à malta, eu não tenho chupetas para vos dar, mas se, quando for a Portugal, me oferecerem os vossos comentários ignorantes e imbecis, talvez vos ofereça um pontapé bem-dado. Depois quero ver se irão a correr para a polícia à procura de uma chupeta. Quem não tem fibra para deixar o nome nos comentários, devia ter vergonha de oferecer chupetas aos outros.

P.S. Não venham dizer que eu sou mal-educada. Não tenho aqui chupetas, pázinhos...

9 comentários:

  1. Rennie, Rennie faz bem e sempre pode compensar um pouco a falta de cházinho na idade certa.

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    1. Obrigada pela atenção, mas eu ficaria melhor se tomasse por mim.

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  2. Muito embora concorde com o profiling e já o tenha defendido várias vezes não posso deixar de dizer que o artigo é, em geral, pateta e muito pouco informado e que o próprio ex-SEAL que dá a cara optou por atirar gasolina ao fogo sem necessidade nenhuma. Essa de ir justificar o registo de muçulmanos com os campos de internamento de Japoneses (e de Alemães, e de refugiados Judeus...) não lembraria a ninguém. Realmente a origem está no NSEERS mas o mais engraçado é que a coisa continua a existir mais ou menos nos mesmos moldes hoje em dia com o US-VISIT.

    O NSEERS foi criado após o 11 de Setembro tendo-se mantido a funcionar até 2011, altura em que foi substituído pelo US-VISIT que é identicamente intrusivo.

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  3. Uma coisa é ser contra o Trump ou as suas políticas, ou até achar que o colégio eleitoral é antidemocrático (ou mesmo que o estado norte-americano é ilegitimo); mas reagir à eleição indo pedir "apoio emocional" (em vez de, p.ex., aulas de desobediência civil, ou de como passar à clandestinidade; ou, inversamente, "trabalhando no sistema") parece-me realmente algo estranho.

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    1. Percebeste mal. Foram as escolas que ofereceram o apoio enviando e-mails aos empregados, mas segundo um amigo meu que trabalha numa escola com alunos até ao décimo-segundo ano, houve crianças que chegaram em estado de choque. Suponho que para ti, que vives num país com zero probabilidade de te deportar, pareça estranho haver aqui pessoas que possam ser deportadas.

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    2. Miguel, aulas de desobediência civil? Como passar à clandestinidade? Até sou capaz de concordar que seriam atitudes muito mais meritórias do que estes lamentabilíssimos exemplos de fraqueza a que estamos a assistir. Mas pedir isso seria estranho, também. E provavelmente ser atendido o pedido andaria por zonas muito cinzentas senão mesmo negras da lei.

      Rita, qualquer estrangeiro em qualquer país pode eventualmente ser deportado.

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    3. Tem a mais pequena ideia de quantos imigrantes ilegais são deportados anualmente de Portugal ou também anda com o slogan do BE "as fronteiras matam; toda a gente em toda a parte"?

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    4. Algo que esqueci de escrever no comentário anterior.

      Rita, essa escola e essas escolas e universidades que estão a apaparicar essa choradeira não estão a prestar nenhum bom serviço aos seus estudantes. Exactamente o contrário. A atitude deveria ser (e seria há não muitos anos) «TOUGHEN UP!». Em vez de reforçar esse sentimento de choque e impotência perante a adversidade, a atitude deveria ser a oposta. Ok, entendo que os miúdos hoje em dia têm imensa dificuldade em lidar com a forma como são educados. São demasiado protegidos e depois o resultado é à mais mínima contrariedade ficarem assim. Em choque. E, precisamente por atender a este lamentavel estado de coisas, é que não digo que todas essas manifestações de «choque» deviam ser simplesmente ignoradas. Há trinta ou quarenta anos talvez pudessem sê-lo. Hoje em dia não seria prudente agir assim. Mas se calhar seria uma óptima oportunidade para as escolas aproveitarem algo que os estudantes sentem como desaire para, primeiro e desde logo, começar a dar-lhes ferramentas para lidar com os acontecimentos negativos. E, depois, umas aulinhas explicando o que é a democracia e como funciona talvez não fossem demais.

      Rita, com toda a sinceridade te digo que vejo esse "estado de choque" com o mais profundo desprezo que possas imaginar. E, nota, o que disse acima aplico a crianças novas. Idealmente limitaria a idade aí aos 12-13 anos para o que sugeri mas dados os ares dos tempos, rangendo muito os dentes mas vá lá, que chegue aos 18 anos. Agora, nas faculdades todo aquele circo que mais parece que houve uma catástrofe nuclear do que a mera expressão da democracia, aí não aceito nem admito. Com a idade que têm não aceito, não admito esse comportamento. Estão «beneath contempt».

      Pppfffffff!

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    5. Zuricher, as escolas têm apoio psicológico. Faz parte do serviço. Também achas mal que prestem apoio quando há acidentes naturais ou actos violentos? Tu medes os outros por ti e nem tens noção das vantagens que tens por ter nascido na família em que nasceste. Tens uma visão muito distorcida do mundo.

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