Antes da União Soviética cair, não se falava nesta tragédia, mas o seu impacto ainda hoje se sente: ainda hoje muitas das pessoas que vivem nas cidades mantêm um pequeno logradouro no campo, que visitam todos os fins-de-semana e onde cultivam alguma comida. Parte da colheita de vegetais é preservada em picles e a fruta é processada em caldas e sumos e enfrascada para ser consumida no inverno. Suponho que, com a anexação da Crimeia pela Rússia, as pessoas devem ter-se sentido ainda mais justificadas por terem continuado esta prática.
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
sábado, 24 de dezembro de 2016
A fome
Hoje regressei à National Art Gallery, mas insisti muito e a L. foi comigo. Aproveitou para me dar uma lição da história da União Soviética, levando-me ao Monumento à Fome na Ucrânia, que foi consequência de uma decisão política do regime de Estaline, em 1932-33, e que matou milhões de pessoas. Dizia-me ela "Can you imagine Ukraine, the bread basket of the Soviet Union, having millions of people dying of hunger when there was enough food?" Não, não consigo imaginar.
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Rita,
ResponderEliminarAcerca do assunto recomendo, se ainda não leu, "O Fim do Homem Soviético" da Nobel de 2015.