Já
poucos se lembram, mas em 2012 François Hollande apresentou-se ao eleitorado
francês como o campeão anti-austeridade. Ele prometia um combate sem tréguas “à
política cega da austeridade”, ele ia pôr os mais ricos a pagar a crise. A
esquerda europeia rejubilou. Estava encontrado um novo herói. Afinal de contas,
o homem era o líder da segunda maior potência europeia. Cinco anos depois, com
níveis de impopularidade históricos, anunciou que não se recandidatava a um
segundo mandato, facto inédito na V república francesa. A esquerda hoje renega
o homem e trata-o quase como um traidor. Entretanto, do Tsípras, o tipo da
Grécia, lembram-se?, é melhor nem falar. Desgraçadamente, com o tempo, o poder parece
destruir os heróis e campeões anti-austeridade, transformando-os, de caminho, em
traidores. É um triste fim.
JCA:
ResponderEliminarO poder também parece destruir os heróis e campeões austeridade, Passos Coelho perdeu 700 mil votos e a maioria absoluta, depois do brilhante trabalho e de ter ido além da Troika.