Thanks, Portugal, for helping me explain to students why understanding govt formation matters... https://t.co/LFwUwARaiI
— Sona Golder (@sonagolder) October 27, 2015
A acompanhar esse tweet, está um outro do Pedro que refere um texto de Julien Mercille, um Lecturer na University College Dublin, na Irlanda:
"When A Coup Is Not A Coup": https://t.co/gwsC8t9qAN by @JulienMercille. Sanity slowly creeps back in discussion about Portugal.
— Pedro Magalhães (@PCMagalhaes) October 27, 2015
Pensando bem, isso até é capaz de ser más notícias para nós. Toda a gente sabe quem é o Primeiro-Ministro grego, um tal de Tsipras, considerado um doido-varrrido e que até mereceu elogios rasgados de António Costa. Talvez Costa queira ser tão famoso como Tsipras, daí o seu comportamento completamente errático, à la Tsipras. Por enquanto, Costa ainda é almost famous... Mas a banda sonora, que podem consultar em baixo, é muito boa!
«Isto vindo da América, onde toda a gente ficou surpreendida com o papel do Electoral College...»
ResponderEliminarSó pode ter ficado surpreendido quem não conhece o sistema eleitoral americano. Acho, pois, que "toda a gente" é um claro exagero.
E uma coisa foi a polémica acerca da contagem dos votos na Florida e outra, bem diferente, é o Colégio Eleitoral.
Muita gente aqui nos EUA, ficou surpreendida de ser possível os votos do Electoral College divergirem do voto popular. Isso não era do conhecimento geral da população na altura. Durante esse episódio, o processo de eleição americano foi bastante discutido, logo acho engraçado que os americanos achem o sistema português, que é muito mais intuitivo, interessante. O papel do Electoral College também foi controverso, logo não é verdade que a única fonte de polémica foi a contagem dos votos na Florida.
EliminarQuanto à contagem na Florida, à qual eu não aludi no que escrevi, o problema foi técnico, não foi um resultado do processo de eleição do governo.
Metendo também a minha foice nesta seara, o papel do Electoral College não pode ter sido controverso. A sua existência é que pode ou não sê-lo, e o seu papel é meramente aritmético.
EliminarControversa foi, isso sim, a decisão do Supremo Tribunal de pôr cobro às sucessivas recontagens na Florida, o que deu finalmente a George W. Bush a vitória nesse estado e, consequentemente no Electoral College.
A razão da existência do Electoral College, já agora, e sem pedantismo, resulta de um compromisso entre uma governação com base popular mas também com base nos estados, tal como advém da própria Constituição dos EUA, que estabelece o federalismo e não a democracia directa (ver, a este propósito, James Madison, Federal Papers números 10 e 39).
Seja como for, apenas por quatro vezes o voto popular não coincidiu com o do Electoral College, embora tenha havido outros casos em que isso por pouco não sucedeu, como em 1960, quando John Kennedy teve 49,72% dos votos contra 49,55% de Richard Nixon, mas obteve uma vitória mais folgada no Electoral College, com 303 contra 219 votos.
http://eraumaveznaamerica.blogs.sapo.pt/
Não me parece que o sistema protuguês seja mais intuitivo do que o americano.. Eles têm eleições separadas para o poder executivo (Presidente) e legislativo (Senado e Representantes), ao passo que nós elegemos o poder legislativo e um presidente que, não tendo poder executivo, escolhe o líder do poder executivo. O sistema americano parece-me mais simples porque se baseia explicitamente na eleição separada de ramos distintos do poder, ao passo que o nosso se presta às confusões habituais de considerar as eleições legislativas como eleições a "candidato a primeiro-ministro".
ResponderEliminarNão se dará também o caso de os americanos, por terem um sistema bipartidário, terem dificuldade em interpretar um sistema multipartidário?