quarta-feira, 18 de maio de 2016

A origem do populismo

Num comentário ao meu post anterior, o NG escreveu, com razão, que a falta de dinheiro não chega para explicar o eclipse ou apagamento do centro e, em consequência, dos moderados. Há pelo menos outro factor que me parece determinante. Num democracia representativa, quando a oligarquia ignora ou se mostra insensível à “vontade geral” e parece manipular as regras do jogo a seu favor, está a abrir as portas ao populismo e ao consequente aparecimento de caudilhos, que falam directamente para o “país real” e incentivam o desprezo e o ódio ao chamado sistema. 

2 comentários:

  1. Não me considero alinhada em partido nenhum; decido mediante a qualidade dos candidatos e dos temas que me interessam e a prioridade que lhes dou, mas quando escrevo, ou quando falo com alguém, as pessoas querem sempre entalar-me em algum lado. É muito difícil que os outros aceitem que se eu disser mal de alguém, não quer dizer que pertenço aos outros; nem se disser bem de alguém pertenço a esses.

    Por isso, acho que quem é centro prefere estar calado e não ser atropelado pelos não-centro. Infelizmente, avariei o meu gene do silêncio há uns anos.

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  2. Sem dúvida, tens sido vítima de fogo cruzado, porque pensas pela tua própria cabeça e não encaixas em "partidos". Ainda bem que o teu gene do silêncio avariou.

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