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quinta-feira, 6 de outubro de 2016
É só porque já estou farta de ouvir falar da ONU
Compositor e assassino, Gesualdo escreveu alguma da mais bela e estranha polifonia maneirista, e matou a mulher e o amante na noite de 16 de Outubro de 1596. É mais a violência com que cometeu os assassinatos que impressiona, porque isto de matar mulheres e amantes é muito mais banal do que beber o famigerado copo de água. Don Fabrizio Carafa, Duke de Andria, e um dos mais belos jovens do seu tempo, foi encontrado com parte do seu cérebro espalhado pela sala, e com feridas na cabeça, face, pescoço, peito, estômago, rins, braços, mãos, e ombros. Dizem que também não escaparam à ferocidade os orgãos da geração, dele e dela, Dona Maria de Avalos, a esposa adúltera a quem foi cortado o pescoço. Gesualdo era um príncipe num tempo em que ser príncipe desculpava o homicídio (Já Caravaggio, igualmente violento e genial nesse mesmo tempo, teve que fugir da justiça). Gesualdo, ao sair da cena do crime com as mãos pingando sangue, disse "Eles não estão mortos!", e voltou a entrar para repetir o massacre, desta vez sobre cadáveres. Depois disto, o príncipe encerrou-se no seu castelo, recluso e louco, atacando árvores e sendo jubilosamente espancado por doze rapazes três vezes por dia. Herzog fez um documentário sobre ele. Aqui vai uma das coisas que do próprio ficaram para a posteridade.
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Isto dá que pensar e, como penso, o casamento é um grande erro: não havendo adúlteros, nem amantes, reduzir-se-ia as tentações homicidas. Também se poderia enveredar pela fidelidade, mas parece-me que certas pessoas não conseguem.
ResponderEliminarNão te estava a ver discípula de Fourier e Owen, e de todos aqueles socialistas do século XIXpara quem o casamento era uma "armadilha satânica". ;-)
EliminarSubscrevo por inteiro. Casamento jamais... (Ainda não me vi livre do último.) Viva o divórcio!!!
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