No outro dia, o meu amigo Eric enviou-me um SMS a desejar-me um "Happy Rosh Hashanah". É uma celebração judaica (de 2/10 a 4/10, deste ano), acerca da qual não sei nada. Hoje quando lia a imprensa portuguesa, vi que, no Público, havia uma notícia sobre uma Campanha do Jejum; não li a notícia, mas pensei que tivesse alguma coisa a ver com religião.
Não me lembrava de nada católico relevante para esta altura, mas eu não sou uma boa fonte porque, lá em casa, era a minha mãe que prestava atenção a essas coisas e eu nunca precisava de me lembrar de nada. Por exemplo, há um dia em que não devemos ir ao quintal, mas eu não sei qual é. Talvez a Campanha do Jejum fosse uma coisa desses novos cultos religiosos que por aí andam, pensei.
Depois li o post da Helena Matos no Blasfémias e percebi que não era jejum porque jejum é uma coisa voluntária e estas pessoas não estão em jejum voluntariamente; estão em jejum porque não têm o que comer, ou seja, passam fome. Mas é mais do que passarem fome, pois desmaiam em transportes públicos, possivelmente a caminho do trabalho, ou seja, trabalham e não ganham para comer.
A Troika já se foi embora, logo não podem culpá-la. Catarina Martins diz que tinham conseguido proteger quem tinha menos rendimentos em 2016. O Primeiro-Ministro, no Parlamento, disse que o objectivo do crescimento era criar emprego e o desemprego está a diminuir, logo está tudo bem encaminhado. Se o desemprego diminui e o PIB não aumenta, para onde vão os salários dos que já não estão desempregados? Será que há mesmo criação de emprego e salários?
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