I think the problem, you know, the Iraq was very controversial and I think President Obama came into office with a strong conviction that he was not going to reproduce or repeat what -- the mistake he believed that President Bush made in going into Iraq. And he has tried to disengage from the Middle East and tried to stay out of the Syria conflict, has felt that there were no good options to pursue. And what we've learned is that, yes, you can make mistakes by going into a situation.
But you can also make mistakes by staying out of the situation. In this case, the failure to act in Syria has been fairly catastrophic. And, you know, it's interesting because many Republicans and Democrats were both saying the same thing in 2011 and 2012, that if Syria's not attended to, the longer it goes, the more people will die, the more it'll destabilize neighboring countries through refugee flows and terrorism and the more sectarian the conflict will become, Sunni against Shia, and the more it will open the door to al-Qaida.
Fonte: Stephen Hadlwy, The Diane Rehm Show, 15/12/2016
Realmente, a interferência da Rússia nas eleições americanas não é muito diferente do que os EUA fazem nos países onde interferem e interferem em muitos. Por exemplo, interferiram em Portugal. Se Portugal é hoje um país democrático é porque os EUA interferiram no país e inclinaram Portugal mais para a democracia do que para o comunismo. Será que fizeram bem? A Isabel Allende acha que os EUA nem sempre se portam bem; dizia ela num programa a que assisti, que os americanos muitas vezes fazem aos outros, nas suas interferências políticas, coisas que não queriam que lhes fizessem. E agora a Rússia fez algo que os americanos não gostam. Algumas pessoas acham que não fez grande coisa, até foi muito pouco sofisticado o que a Rússia fez.
Durante a Presidência de George W. Bush, os EUA iniciaram um nível de espionagem ilegal dos cidadãos completamente sem precedente na história mundial. O caso foi divulgado pelo New York Times em 2005 e depois o jornalista Eric Lichtbau escreveu um livro em 2008, mas pouca ou nenhuma importância teve. Mas esta história tem um história.
A história que o NYT publicou em 2005, tinha sido rejeitada no Outono de 2004 por algumas pessoas dentro do NYT (houve alguma controvérsia), antes das eleições para o segundo mandato de Bush, o que viemos a saber em 2014, depois de Edward Snowden não ter contactado o Times para fazer a sua revelação de que os EUA continuavam a espiar os cidadãos de forma ilegal e sob a administração de Obama, um Presidente que dizia que se ia distanciar das práticas de Bush. A espionagem não se limita a ser feita nos EUA, mas em todo o mundo e praticamente toda a gente é alvo, desde que os americanos queiram.
Foi com a revelação de Snowden, em 2013, via The Guardian e The Washington Post, que a espionagem americana se tornou num verdadeiro escândalo a nível global. De repente, os cidadãos americanos ficaram muito sensibilizados porque a sua privacidade estava a ser invadida de forma ilegal. Em 2005 e 2008, pouca ou nenhuma importância tinham dado ao caso. Snowden não foi a primeira pessoa a tentar revelar as práticas dos americanos, apenas foi o primeiro que demonstrou não ter confiança na Justiça americana e isso parece ter sido a pitada de sal que fez o caso tomar a dimensão que teve. Ou talvez a pitada de sal fosse o próprio Obama, pois para a imprensa da Direita alternativa um caso destes com um Presidente de Esquerda é diferente do mesmo caso com um Presidente de Direita. Iremos ver se a história se repete.
A informação revelada por Snowden revela que os processos de recolha de informação das agências americanas são muito sofisticados e notem que a tecnologia que ele revelou tem três anos e meio. Será que os EUA pararam de inovar entretanto? Dificilmente. Reparem que não há nada legal que impeça a criação da tecnologia; a lei apenas impede que a tecnologia seja usada fora dos preceitos legais. As notícias das infiltrações da Rússia nos computadores da DNC, a propagação de notícias, as notícias dos emails de Hillary Clinton, etc., demonstram um nível de sofisticação muito baixo. Acho incrivelmente ingénuo que se acredite que os americanos e russos não andam a fazer coisas muito mais interessantes do que aquelas que aparecem nos jornais.
"Se Portugal é hoje um país democrático é porque os EUA interferiram no país e inclinaram Portugal mais para a democracia do que para o comunismo."
ResponderEliminargostava de saber mais sobre este tópico. Há relatos escritos sobre a influência dos EUA no pós 25 abril?