O problema da Ana Gomes não é o de achar que a austeridade é culpada pela crise económica em que vivemos e que, como consequência disso, as políticas de integração das minorias são mais precárias.
Não é preciso ser-se muito inteligente para pensar como a Ana Gomes. Tal como não é preciso ser-se muito inteligente para pensar que a culpa da crise é dos excessos dos governos anteriores. Também não é preciso ser-se muito inteligente para se culpar os banqueiros pela crise. Ou a globalização. Ou a arquitectura do Euro. Ou a Merkel. Enfim, não é preciso ser-se muito inteligente para acreditar em qualquer uma destas alternativas, tal como não é preciso ser-se muito inteligente para duvidar de todas elas. Tudo isso cai no domínio do que se pode, e deve, discutir politicamente.
O problema das declarações de Ana Gomes é mesmo o de misturar o que não pode ser misturado, o que deve ser discutido com o que não pode ser discutido. É como discutir a mini-saia de uma miúda que foi violada.
Ataques terroristas simplesmente não podem ter justificação.
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