Mas mesmo ignorando a teoria, realmente, Portugal terá um problema enorme com estrangeiros a telefonar aos amigos a dizer onde estão e a postar fotos nos seus blogues pessoais, Flickr, Instagram, e Facebook. Eu sei que sim, porque quando eu vou a Portugal e posto fotos da minha viagem no Facebook, os meus amigos americanos e de outras nacionalidades roem-se de inveja e perguntam-me quando é que eu os levo a Portugal. É um dos piores problemas que o país poderia enfrentar. Não sei se vai sobreviver...
Pergunto-me se, no caso das telecomunicações, não se passará o mesmo que se passou com o BES: as empresas gastam muito dinheiro em publicidade em jornais e os jornais, com os seus fracos ou nenhuns lucros, estão dispostos a dizer qualquer coisa, ou omitir informação, para não alienar quem lhes compra publicidade.
Rita:
ResponderEliminar«É desta que Portugal afunda de vez...»
Fiquei sem perceber, Portugal, afinal, afunda o quê?
Sabe, por acaso, informar-me se o novo AO acabou de vez com os verbos transitivos?
Ou, à semelhança de Passos Coelho em relação à Troica, devemos ir além do AO e falar e escrever tal qual os brasileiros fazem?
Reparou que o Público pertence ao grupo Sonae que, por acaso, é um dos accionistas da NOS? Não acha que esta peça jornalística serve os próprios interesses dos donos do jornal?
EliminarMas confesso que gosto do seu sentido de prioridade. Face a uma situação em a Comunicação Social claramente defende os interesses das empresas (três empresas, mais propriamente, e nenhuma delas parece ter capital 100% português) e não os interesses do público, o Manuel preocupa-se com a minha falta de jeito para a comédia e com a possibilidade de a minha escolha de expressões idiomáticas ser abrasileirada e não verdadeiramente portuguesa. Decerto também lhe incomoda que na escrita de pessoas como Fernando Pessoa ou Miguel Esteves Cardoso, muitas vezes, se encontrem construções de frases que são mais inglesas do que portuguesas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarRita:
ResponderEliminarNa comunicação há forma e conteúdo.
E a forma não deve ser tão obtusa que dificulte a compreensão do conteúdo.
No caso presente, resolver a forma, ainda por cima apenas no título, está ao alcance das teclas do seu computador.
Compreender o conteúdo é mais complexo para os leitores, pois precisam de obter mais informação, confrontá-la com outra, por vezes acabam por ter mesmo dificuldade em chegar a conclusões.
Se eu quiser ser irónico como tentou ser, também lhe pergunto se a incomodou mais a minha observação, feita com correcção e educadamente, do que o desconforto da leitura que a sua frase provoca?
Quanto a Pessoa e a M. E. Cardoso, as liberdades poéticas e literárias são diferentes das liberdades dos textos informativos, que não deverão gerar ambiguidades no leitor.
Aceita um conselho? Não se amofine que a vida são três dias, os dois primeiros já se foram (para mim), para si já se foi um.
Cumprimentos.
Caro Manuel Silva, um diletante é um diletante que é um diletante!! .
EliminarDe facto o seu comentário aqui ao título da escriba parecia-me uma cabotinice desajeitada, mas a justificação, à laia de emenda prosélita, saiu-lhe, e soou-me ainda pior!!
Meu caro, afundar de vez é uma expressão idiomática consabida da cultura popular portuguesa, em português de portugal!! Digo-lhe, com igual simpatia e cordialidade, que será improvável compreender excessos literários e liberdades poéticas sem compreender expressões idiomáticas comuns!! Todavia, nunca é tarde demais, há um sem número de escritores portugueses e brasileiros que podem ajudar!!
Um bem haja,
Caro Justiniano:
EliminarDeixo o tom do seu comentário à sua conta e não comento o seu conselho.
Mas digo-lhe que, com tantas leituras ilustradas, acho estranho que considere a parte da frase «afunda de vez» como expressão idiomática na construção gramatical em causa.
É que há, e sempre houve, a coisa e o seu contexto.
Mas depois de ter ouvido uma locutora da RTP dizer que as galinhas «colocavam ovos», embora as cozinheiras os façam, por exemplo, na respectiva prateleira do frigorífico, já nada me espanta.
Só há uma coisa que ainda me espanta: ao mesmo tempo que há uma crítica muito generalizada na população contra a ignorância que grassa(rá) hoje na escola portuguesa, sempre que alguém chama a atenção para um erro gramatical num post (ou comentário) da blogosfera emerge logo uma solidariedade a favor do escriba.
Estranho, não é, afinal, queixam-se de quê?
Dou por encerrada a minha participação na «polémica» que a própria autora do post considerou igualmente encerrada da sua parte.
Caro Manuel Silva, é precisamente por isso, como diria o Almada, precisamente, que o apontei como apontei. A pertinácia desfaz a pertinência, subverte a validade e premência da correcção!! Apontar o erro, reafirmar a correcção da linguagem e rigor da comunicação, anima a todos os indivíduos de boa vontade!! Apontar erros putativos e impertinentes apenas diminui o bom discernimento e necessário proselitismo linguístico e gramatical!
EliminarA minha solidariedade não é para com a escriba, mas, precisamente, para com um Manuel Silva menos precipitado.
Obrigada pelo comentário muito mais simpático do que o primeiro, Manuel. Agora merece a correcção, já que o incomoda tanto a minha falha gramatical. No entanto, volto a insistir que a falha do Público, que é deontológica, merece muito mais a sua atenção, pois tem a agravante da notícia ter passado por várias pessoas antes de ser publicada, indicando por isso uma falha sequencial de vários processos de controle de qualidade, enquanto que os meus "posts" não estão sujeitos a correcções editoriais e, como tal, a responsabilidade pela sua qualidade, ou falta dela, é inteiramente minha.
ResponderEliminarCara Rita, apenas para referir que a sua expressão originária estava correcta -É desta que Portugal afunda de vez - o reflexivo parece-me ali, no discorrer da ideia do seu texto, desnecessário e inclusivamente incorrecto, isto, partindo da ideia de que são muitas coisas, especialmente todas as palavras!!
Eliminar"O efeito na receita do aumento da quantidade de chamadas e dados enviados acaba por compensar parte da receita perdida pela descida de preço ou até pode mais-do-que-compensar a receita perdida"
ResponderEliminarIsso não implicaria achar que os administradores das empresas de telecomunicações estão errados? Isto é, se o efeito do aumento da quantidade de chamadas fosse compensar ou mais-do-que-conpensar a redução da receita por chamada, as empresas já não estariam voluntariamente a não cobrar roaming?
Miguel Madeira, as receitas tradicionais das operadoras de telefone estão em declínio; as receitas de roaming, tal como as receitas de SMS, são uma das fontes de lucros fáceis e as empresas não querem abdicar. Se o custo do roaming for zero, os consumidores irão aumentar o uso de telemóvel em áreas que seriam de roaming, mas esse ajustamento no comportamento irá demorar algum tempo. No curto prazo, sem as receitas de roaming, as operadoras irão ter quebras bruscas de lucro e os administradores irão sofrer porque não irão ter uma compensação tão alta. É minha opinião que, neste caso, os interesses dos administradores não estão alinhados com os interesses das operadoras no longo prazo, e maximização de lucro no curto prazo não implica maximização de lucro no longo prazo. No longo prazo, é míope para as operadoras insistirem nesta estratégia, pois outras companhias já viram oportunidade para canibalizar o negócio: a Apple oferece o iMessage que dá mensagens grátis entre iPhones, o iOS8 permite usar a rede Wi-Fi para fazer chamadas, há locais que oferecem Wi-Fi grátis, como centros comerciais, cafés, livrarias, há companhias que vendem acesso à Internet via hotspots, a maior parte dos hotéis já oferece serviços de Wi-Fi, etc.
Eliminar