Dizia ontem o Observador: "Estado liberta-se da dívida da TAP, garante Pires de Lima"
Diz hoje o Económico: "Estado pode desfazer negócio da TAP se tiver de pagar dívida bancária"
Se eu compreendi bem o segundo artigo, se houver bronca, tudo irá ser desfeito, e o estado português é chamado outra vez para arcar com as consequências. Então não percebo a garantia que Pires de Lima deu--como é que ele garante que não vai haver bronca?
Ainda por cima o segundo artigo fala em "complexos mecanismos". Quando eu ouço "complexos mecanismos", recordo-me da crise da dívida subprime: eram uns mecanismos tão complexos que eram tão seguros, até a complexidade dar em bronca.
Cara Rita,
ResponderEliminarAté se ver o contrato, são tudo conjecturas. Se eu tivesse que apostar, apostava no seguinte:
- A dívida mantém na TAP (como é dito pelo Governo), mas aposto que existe algum tipo de aval ou garantia. O que dá a entender pela notícia do Económico é que se essa garantia for accionada (devido à TAP não pagar as dívidas), esta reverte para o Estado. Ou seja, o consórcio novo, de facto, não assume dívida nenhuma e pode perfeitamente manter o passivo desde que assegure o roll-over das dívidas (e os respectivos juros).
- Não me acredito - a não ser que os Sr.s Neeleman e Pedrosa sejam como calhaus, o que não me parece - que a TAP "tenha" (no sentido de ser dona de) aviões novos. Vai "ter" (no sentido de os poder usar) aviões, que devem ser cedidos em regime de aluguer. Ou seja, são para pagar com o pelo do cão.