segunda-feira, 15 de junho de 2015

Eu é que sou TAPada!

Ontem disseram-me que eu até escrevia umas coisas giras, mas ultimamente só escrevo seca por causa da TAP. Hoje, acordei e, para além de apanhar um susto porque o som do meu iPhone estava super-baixo e aquilo não queria tocar mais alto, tinha uma mensagem a dizer que era óbvio que os novos donos da TAP vão financiar os €344 milhões que seria usados para capitalizar a companhia com a venda de aviões.

E confesso que me senti estúpida porque eu já comprei três casas diferentes e, quando os bancos exigiram ter acesso a toda a minha informação financeira antes de eu finalizar os contratos, eu dei todas as vezes. Que estupidez que eu fiz! Eu podia ter perfeitamente vendido as portas, as janelas, o fogão, a unidade de ar-condicionado, etc. para pagar as casas. Eu devia ter dito isso aos bancos antes de assinar os contratos. Aposto que as portas da rua, de tão grossas que são, devem valer um bom dinheiro.

Realmente, deve ser muito fácil vender a frota de aviões da TAP sem que ninguém se aperceba, especialmente aqueles pilotos queridos que lá trabalham, e depois usar esse dinheiro para financiar o negócio e o dinheiro aparecer como activo sem contrapartida da perda dos aviões na contabilidade da empresa. É elementar, meus caros. Que TAPada que eu sou...

4 comentários:

  1. O governo devia ter pensado nisso. Vendia os aviões e ficava com a TAP.

    ResponderEliminar
  2. Rita, não percebeu. A ideia é vender os aviões e alugá-los de volta. Ou seja, uma outra forma de pedir dinheiro emprestado. E espere pela distribuição de dividendos (suponho que à moda da EDP, com emissão de obrigações para pagar dividendos) e outras "contabilidades creativas"...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas isso não resulta em aumento de capital da empresa, logo é uma violação das condições do contrato de venda da companhia aos novos donos.

      Eliminar
  3. Precisamente, e só vejo alguém a vender para alugar de volta quando está em desespero. Normalmente, acaba mal.

    Faz-me alguma impressão que um privado aceite entrar numa empresa quando ela está numa fase destas. Suponho que devem existir contrapartidas que não conhecemos ainda.

    Vamos ver no que isto dá, mas não estou optimista. Nem para a TAP nem para o estado.

    ResponderEliminar

Não são permitidos comentários anónimos.