"O porta-voz das empresas nacionais do sector metalúrgico e metalomecânico considera que "a indústria portuguesa foi desconsiderada e o dinheiro público desbaratado" no contrato de compra de um faqueiro fabricado na Alemanha. O negócio feito por ajuste directo, assinado a 11 de Dezembro de 2015, foi publicado no sítio Base de Contratos Públicos Online.Rafael Campos Pereira sustenta que "não faz sentido que o Estado português compre produto estrangeiro quando a oferta portuguesa tem qualidade comprovada". "Mas faz ainda menos sentido que a opção pelo produto estrangeiro implique pagar um preço entre cinco e vinte vezes superior ao que se pagaria se a compra fosse feita a um fabricante português", acrescenta Rafael Campos Pereira.
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Apesar do desabafo do responsável do sector sobre esta última decisão da tutela de Augusto Santos Silva, a verdade é que noutros contratos recentes a escolha até tinha recaído sobre peças feitas em solo nacional. Em Julho, ainda na vigência do anterior Executivo, a mesma Secretaria-geral adquiriu 15 faqueiros à Topázio pelo valor de 67.034 euros, acrescidos de IVA, para "a satisfação de necessidades de várias entidades".
Esta empresa, com sede e fábrica em Gondomar, onde trabalham "cerca de 60 artesãos", foi precisamente uma das sugestões deixadas por Rafael Campos Pereira para o fornecimento de faqueiros – e até tem um "com o mesmo nome e bastante semelhante" ao que foi agora comprado, disse ao Negócios a assessora de imprensa da Topázio. No seu sítio na internet, a marca detida pela centenária Ferreira Marques & Irmão orgulha-se de ser "a marca de eleição do MNE, estando presente em todas as embaixadas de Portugal" e de integrar também "o protocolo de Estado em todas as recepções oficiais"."
Fonte: Jornal de Negócios
Pois, caríssima Rita, mas nós não tínhamos a tradição de ter um parolo catedrático como MNE!! É o tempo novo. Um parolo catedrático a MNE, um gebo catedrático a MF....
ResponderEliminarNão sei se é parolo; mas é saloio comprar uma coisa feita na Alemanha por muito mais dinheiro do que o produto totalmente português, quando a qualidade e a reputação são semelhantes. E eu não inferi nada acerca dos anteriores; apenas inferi acerca deste caso em particular porque achei uma péssima escolha. Mas como eu disse, continuo a não perceber o que é que esta gente deste governo e dos governos anteriores anda a fazer a comprar faqueiros com o país como está.
EliminarNão emprego o termo saloio, uma vez que numa certa região há boa gente que se diz saloia nao sendo, em nada, parola.
EliminarPresumo que as facas de desossar fabricadas em Portugal não tenham a necessária qualidade para a tarefa hercúlea a que os nossos governantes se propuseram. E, convenhamos, raspar ossos desossados com uma faca alemã confere um outro status. Apenas peço aos nossos excelsos e mui iluminados guias que, se possível, deixem um pedacinho de carne num dos ossos...
ResponderEliminarLink do contrato: http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/159273
ResponderEliminarA eficiência do atual governo.
Vejamos o contrato é de dia 11 Dez, mas foi aprovado a coberto de uma Inf. de Serviço de dia 9 de Dez. que viu e aprovou a minuta do contrato. Ou seja o contrato foi escrito e acordado o texto entre as partes antes do dia 9 para depois ser aprovado pelo órgão competente superior, que é composto por pessoas nomeadas, portanto estas só o foram depois do MNE ter tomado posse (26 Nov.). Portanto desde o pedido de alguma instituição para a aquisição do faqueiro, a procura do ajuste direto (note-se que se tem de pedir três preços a três entidades diferentes), a negociação entre partes , a aprovação da minuta, etc. etc. tudo demorou cerca de uma semana... ...este governo tornou esta burocracia realmente eficiente.
Alguém acredita nisto? Obviamente que a coisa transitou do passado, obviamente que alguém teve interesse em comprar à Alemanha e alguém teve interesse em plantar a notícia no CM (que só o fez mais de um mês após o contrato e em plena campanha das presidenciais). Não, não foi parolice, foi a política partidária naquilo que faz de melhor: Os pequenos jogos sujos...
Ui Abel, daqui a nada acredito que seja um comentarista pago pelo PS. Tem piada, mas quando o PSD estava no poder, eram os militantes do PSD que me vigiavam. Olha que bom! Estou a ganhar fãs em todos os partidos...
EliminarAbel Lisboa decifrou a xarada com proficiência.
ResponderEliminarOra bolas... ...lá se foi este nick... ...estava a correr tão bem... ...mas de qq maneira obrigado Rita, graças a si cumpri os objetivos do partido este mês... ...só espero que não me nomeiem para coisa alguma com responsabilidade, é que se ganha menos e tem-se mais stress... link:http://sofos.wikidot.com/argumentum-ad-hominem
ResponderEliminarCara Abel Lisboa
EliminarCom este ou com outro nick, não deixe de nos visitar. E, mais importante, de nos corrigir sempre que achar que estamos enganados. Hoje, graças a si, mudei de opinião sobre um assunto (o hino nacional) que tinha como adquirido há, pelo menos, 20 e tal anos.
Há que ver a diferença entre actos da administração pública e do poder executivo, mas não me apetece exemplificar.
ResponderEliminarNem uma coisinha rápida?
EliminarSinceramente parece-me mais grave que o faqueiro seja feito na Alemanha do que terem comprado o mesmo. As nossas embaixadas e os jantares oficiais devem servir para mostrar o que se faz por cá (a Rita, sem ser embaixadora, faz isso muito bem, já agora).
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