sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Marcelo e Star Wars

O fim de tarde e a noite de ontem foram particularmente produtivos. Consegui finalmente ver o star wars, e ainda deu tempo para chegar a casa e ver na net o debate entre Sampaio da Nóvoa e Marcelo. E o que concluo, dessa dupla epopeia de cultura popular? Muito pouco. Gostei mais do star wars, apesar de não ter gostado muito. Acho que a Crítica tem razão, mas também não a tem. Dizem que o filme é chato e não surpreende, e que segue o argumento do filme original, o que é verdade. Mas gosto de alguns detalhes. Sobretudo do momento sartriano em que o vilão tira a máscara e mostra que o inferno somos nós, humanos, normais, não disformes, como era o Darth Vader. Mais ainda, mostra que o vilão não tem de ser o tipo mais destro e preparado, mas sim alguém que até se deixa bater por amadores – alguém no extremo da sua vulnerabilidade e da sua força, simultaneamente cheio de dúvidas e cheio de vontade (o que não é contradição nenhuma, pelo contrário). A quem também começa a cair a máscara é a Marcelo que, da primeira vez em mais de uma década que é obrigado a ir a jogo e tem um contraditório, é goleado. Foi visível que os dois candidatos têm problemas pessoais que antecedem esta eleição, e só mesmo algo assim, emocional, faria Marcelo mostrar como nele coabitam por um lado as mais mirabolantes cambalhotas de opinião, e, por outro, uma imensa vontade de poder. O que, novamente, não é contradição nenhuma.

2 comentários:

  1. Eu também gostei do momento sartriano, no debate, no qual "o vilão tira a mascara e mostra que o inferno somos nós, humanos, normais, não disformes! e que "o vilão não tem de ser o tipo mais destro e preparado, mas sim alguém que até se deixa bater por amadores" ;)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Exatamente, Carlos. Parece-me claramente haver um paralelo!

      Eliminar

Não são permitidos comentários anónimos.