Eu, como a maioria dos liberais que conheço, não defendo a escolaridade mínima obrigatória. Apenas a tolero, o que é algo de radicalmente diferente. --- Rodrigo Adão Fonseca.Parece-me que a honestidade desarmante com que Rodrigo Adão Fonseca, no Insurgente, fez esta declaração liberta-me da obrigação de responder ao último post do Zé Carlos contestando uma frase do meu artigo.
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Frases que impõem respeito
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O Rodrigo é meu companheiro, então, um salazarista! Já posso organizar um convívio, pois não irei só...
ResponderEliminarBom, não é salazarista. Não digo isto com ironia, mas parece-me claro que Salazar estaria bastante à esquerda de Rodrigo.
EliminarEstás chateado porque não te convidei? ;-)
EliminarPor que é que isso te parece claro, Luís? Por Salazar ser um estatista, defensor de políticas como a Lei do Condicionamento Industrial e a licença dos isqeiros, ou porque o Rodrigo Adão da Fonseca alguma dia se manifestou contra a democracia?
EliminarPorque Salazar impôs a escolaridade obrigatória até à quarta classe, neste caso. Mas sim, podia acrescentar-se que Salazar impunha alguns limites ao que achava serem os excessos dos mercados.
Eliminar"ou porque o Rodrigo Adão da Fonseca alguma dia se manifestou contra a democracia?"
EliminarInfelizmente, ditadores há para todos os gostos. Não é exclusivo nem da esquerda nem da direita.
Eu acho que Salazar não impôs nada disso, e que a escolaridade obrigatória já existia antes dele. E o facto de impôr limtes "ao que achava serem os excessos dos mercados" não o coloca à esquerda do Rodrigo Adão da Fonseca, pois a Direita autoritária sempre foi bastante anti-liberal (o Chile de Pinochet foi apenas uma excepção). Ou seja, é absurdo dizer-se que quem defende um sistema económico mais liberal que o de Salazar, se situa à sua direita.
ResponderEliminarJá agora, o Rodrigo Adão da Fonseca, quando disse o que disse acerca da escolaridade obrigatória, deveria talvez ter dito "como a maioria dos libertários que conheço" e não "como a maioria dos liberais que conheço".
Alexandre, aqui tens: "Defronta-se igualmente o problema do ensino primário, passando a escolaridade obrigatória a ser de quatro anos (1956)"
Eliminarhttp://www.oei.es/quipu/portugal/historia.pdf
Quanto à questão da democracia, não sei o que disse Rodrigo. Esperemos que não tenha dito o mesmo que disse sobre a escolaridade obrigatória.
A 1ª república introduziu a escolaridade obrigatória de 4 anos. Salazar reduziu para 3 e, posteriormente, voltou aos 4 e uns anos depois passou para 6 anos.
EliminarO que tu estás a apanhar é a notícia de quando passou de 3 para 4.
Vale apena dizer que sempre que aumentou a escolaridade obrigatória (primeiro para 4 e depois para 6) apenas aumentou para os rapazes. Para as raparigas foi somente uns anos depois.
Nesse caso, penitencio-me. Salazar parece também tolerar, e não defender, a escolaridade obrigatória.
EliminarA escolaridade obrigatória pode só ter sido introduzida pela I República, mas eu conheci casos de pessoas do Alto Douro, nascidas vinte anos antes da República, e de meios sociais pouco favorecidos, que sabiam ler e escrever. Ou seja, o ensino podia não ser obrigatório, mas havia escolas públicas. Pelo contrário, conheci vários analfabetos nascidos nos anos da I República e dos primórdios da Ditadura Nacional/Estado Novo.
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