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Parabéns pelo livro, mas podiam ter arranjado alguém mais recomendável para o prefaciar (just my opinion). Eu vou tentar ler o livro e espero que não se fique pelo apontar das causas, ou seja um diagnóstico, mas também aborde soluções para os problemas de Portugal e alternativas que possam ser seguidas devidamente quantificadas. É que o diagnóstico esse mais ou menos sistematizado já está feito.
A sério que devíamos ter arranjado alguém melhor? A Europa está a atravessar uma das suas maiores crises de sempre. Há um português que esteve no centro dos acontecimentos e nos pode dar o seu testemunho em primeira mão, falando não só de como as instituições europeias reagiram como dar-nos uma ideia dos bastidores, e acha que havia alguém mais recomendável? Quem, por exemplo?
Quem seria mais recomendável? Quem há vinte anos atrás identificou e previu as consequências da actual arquitetura monetária europeia, essas que o livro enuncia, e se bateu por alternativas em devido tempo, antes da choradeira, o Prof. João Ferreira do Amaral.
E com o seu critério, Luís, a seguir, faria sentido alguém convidar Durão Barroso para prefaciar um livro sobre a guerra do Iraque e a expansão do fundamentalismo islâmico.
A questão está exatamente aí: a Europa está a atravessar uma das maiores crises de sempre e qual o papel da Comissão Europeia em mitigar os efeitos da crise. Após a saída de Durão Barroso, o novo presidente Juncker a custo ainda conseguiu implementar um programa de recuperação económica. E numa fase em que o auge da crise já passou. No auge da crise o que Durão Barrosso fez? Limitou-se a cumprir a cartilha alemã, ok foi dizendo que os países com excedentes deviam adotar políticas mais expansionistas, mas isto é o que qualquer aluno com um mínimo de conhecimento de Economia sabe que deve ser feito. Não se exigiria do Presidente da Comissão Europeia um papel mais ativo que fosse além do meramente retórico. Não me esqueço que em 2008 Durão recomendou aos países para gastarem para poucos meses depois e após uma inversão da estratégia alemã que optou pela austeridade estar a censurar esses mesmos países. O BCE fez muito mais para mitigar os efeitos da crise que a Comissão que adoptou uma estratégia passiva. OK eu não estou a sugerir que convidassem o Constancio a prefaciar o livro. Apenas acho que Durão não passou de um mero instrumento na Comissão Europeia em teoria o cargo em questão levaria a que os argumentos apresentados fossem mais que válidos, mas a forma o conduziu frustrou as expectativas a perda de influência da França e a afirmação da Alemanha como país dominante ajudaram também a este desenlace. Bem vou tentar ler o livro saltando o prefácio.
Paulo Se o Durão foi um bom presidente ou não, tal como se foi um bom 1º ministro ou não, é obviamente discutível e cada um terá a sua opinião. mas isso nada tem a ver com o facto de ele ter estado numa posição privilegiada ao longo destes anos para nos poder falar da dimensão europeia desta crise. Sendo o livro sobre a crise em Portugal, repito, ninguém melhor do que DB para o prefaciar e dar uma perspectiva que não está no livro. (quer dizer, graças ao prefácio passou a estar) Eu diria que só um caso grave de partidarite aguda pode contestar a relevância do testemunho de DB sobre estes acontecimentos.
Parabéns pelo livro, mas podiam ter arranjado alguém mais recomendável para o prefaciar (just my opinion). Eu vou tentar ler o livro e espero que não se fique pelo apontar das causas, ou seja um diagnóstico, mas também aborde soluções para os problemas de Portugal e alternativas que possam ser seguidas devidamente quantificadas. É que o diagnóstico esse mais ou menos sistematizado já está feito.
ResponderEliminarA sério que devíamos ter arranjado alguém melhor? A Europa está a atravessar uma das suas maiores crises de sempre. Há um português que esteve no centro dos acontecimentos e nos pode dar o seu testemunho em primeira mão, falando não só de como as instituições europeias reagiram como dar-nos uma ideia dos bastidores, e acha que havia alguém mais recomendável? Quem, por exemplo?
EliminarQuem seria mais recomendável? Quem há vinte anos atrás identificou e previu as consequências da actual arquitetura monetária europeia, essas que o livro enuncia, e se bateu por alternativas em devido tempo, antes da choradeira, o Prof. João Ferreira do Amaral.
EliminarUsando esse critério, Pedro Arroja também seria recomendável.
EliminarTambém. Mas creio que não publicitou de forma tão elaborada o resultado esperado das boas intenções dos burocratas que com elas enriqueceram.
EliminarE com o seu critério, Luís, a seguir, faria sentido alguém convidar Durão Barroso para prefaciar um livro sobre a guerra do Iraque e a expansão do fundamentalismo islâmico.
EliminarEspecialmente sobre o que despoletou a guerra. Gostaria muito de saber quais eram as provas que existiam sobre a existência das armas.
EliminarA questão está exatamente aí: a Europa está a atravessar uma das maiores crises de sempre e qual o papel da Comissão Europeia em mitigar os efeitos da crise. Após a saída de Durão Barroso, o novo presidente Juncker a custo ainda conseguiu implementar um programa de recuperação económica. E numa fase em que o auge da crise já passou. No auge da crise o que Durão Barrosso fez? Limitou-se a cumprir a cartilha alemã, ok foi dizendo que os países com excedentes deviam adotar políticas mais expansionistas, mas isto é o que qualquer aluno com um mínimo de conhecimento de Economia sabe que deve ser feito. Não se exigiria do Presidente da Comissão Europeia um papel mais ativo que fosse além do meramente retórico. Não me esqueço que em 2008 Durão recomendou aos países para gastarem para poucos meses depois e após uma inversão da estratégia alemã que optou pela austeridade estar a censurar esses mesmos países. O BCE fez muito mais para mitigar os efeitos da crise que a Comissão que adoptou uma estratégia passiva. OK eu não estou a sugerir que convidassem o Constancio a prefaciar o livro. Apenas acho que Durão não passou de um mero instrumento na Comissão Europeia em teoria o cargo em questão levaria a que os argumentos apresentados fossem mais que válidos, mas a forma o conduziu frustrou as expectativas a perda de influência da França e a afirmação da Alemanha como país dominante ajudaram também a este desenlace. Bem vou tentar ler o livro saltando o prefácio.
ResponderEliminarPaulo
EliminarSe o Durão foi um bom presidente ou não, tal como se foi um bom 1º ministro ou não, é obviamente discutível e cada um terá a sua opinião.
mas isso nada tem a ver com o facto de ele ter estado numa posição privilegiada ao longo destes anos para nos poder falar da dimensão europeia desta crise. Sendo o livro sobre a crise em Portugal, repito, ninguém melhor do que DB para o prefaciar e dar uma perspectiva que não está no livro. (quer dizer, graças ao prefácio passou a estar)
Eu diria que só um caso grave de partidarite aguda pode contestar a relevância do testemunho de DB sobre estes acontecimentos.