quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Não há honestidade intelectual entre grandes amigos

Sou dos que dizem o que têm a dizer. Se em público ou privado, é outra questão. Uma questão de amizade.

Por diversas ocasiões apetece-me escrever, comentar ou fazer piadas e não o faço por medo de melindrar algum amigo. Ao contrário do que alguns pensam, a amizade não resiste a tudo. Amizade é incompatível com imparcialidade. Pelo menos em público. Em privado, sim; sou honesto com os meus grandes amigos, até brutalmente honesto. Em público, não.

6 comentários:

  1. Concordo. Daí que em público é de evitar declarações que podem ofender ou melindrar outrém, salvo em necessidade extrema. As verdades são para dizer cara a cara, não perante audiências ou como motivos ulteriores.

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  2. Nem em privado podemos ser completamente honestos. Alguém escreveu (penso que a Marguerite Yourcenar) que se as pessoas dissessem tudo o que pensavam não havia nenhuma relação que durasse mais do que 10 minutos. Dizer tudo o que nos vem à cabeça é bárbaro.

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    1. Obviamente concordo contigo, mas faço uma distinção. Uma coisa é ser honesto, ou até brutalmente honesto, outra coisa é dizer tudo o que nos vem à cabeça.

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    2. Tens razão, claro, de facto não é a mesma coisa. A honestidade intelectual implica reflexão ponderada.

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  3. Eu gosto da forma como dizes as coisas. És muito positivo, mesmo quando criticas. Nesse aspecto, acho a tua maneira de ser muito americana.

    Os conflitos muitas vezes ocorrem por duas razões, e isto reflecte a minha experiência pessoal: (1) quem critica espera que o seu ponto de vista seja adoptado pelo outro; e (2) a crítica é levada a um nível pessoal e, em vez de se criticar o assunto, critica-se a pessoa. Todas as pessoas têm coisas boas e más e uma pessoa dizer uma coisa com a qual não concordamos não deveria ser usado para invalidar tudo o que a pessoa diz. Isto é apenas a minha opinião e, por vezes, eu própria quebro as minhas regras porque deixo-me levar pela situação. Mas todos nós somos pessoas em crescimento, ninguém é perfeito.

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    1. Ah, mas eu também não sou tua grande amiga, logo nunca levei uma dose da tua honestidade...

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