A respeito da resposta do Ministro Pires de Lima a este plano, vou apenas dizer que, mais uma vez, estou decepcionada com a forma casual e pouco diplomática que os nossos ministros usam para comentar estas coisas. Eu já pareço um disco partido...
Com referência à proposta em si, eu não entendo como é que isto vai gerar crescimento. O que uma medida deste tipo permite é que se faça a manutenção da pobreza das pessoas e se elimine parte do risco que os bancos assumiram. O PS já perguntou a estas pessoas se querem ficar pobres para sempre? Como é que o PS pensa controlar o risco moral que uma medida deste tipo cria, pois é da responsabilidade dos bancos controlar o seu próprio risco e assumir perdas quando o controlam mal--é por isso que se paga juros quando se pede emprestado ao banco. Não é por serem competentes a fazer essa tarefa que os gestores dos bancos ganham aqueles salários e bónus chorudos?
Estando Portugal numa grande encruzilhada demográfica, não faz sentido para o estado comprar casas para fornecer rendas baixas quando o número de pessoas vai encolher e, consequentemente, a tendência é mesmo para as rendas baixarem. Isto parece-me uma reciclagem da ideia do Rendimento de Inserção Social, isto é, o crescimento acontece quando os mais pobres têm uma vida mais digna. Eu ainda não me esqueci que não funcionou antes.
Portugal tem de crescer por via do investimento e das exportações. E tem de permitir que as pequenas empresas cresçam, obtenham economias de escala, e gerem emprego.
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