Com este esclarecimento, Vítor Bento reafirma a interpretação estrita que fiz no primeiro parágrafo desta entrada. Ou seja, VB não mudou de opinião relativamente à estratégia que Portugal seguiu desde o acordo com a tróica. Assim, concordando com grande parte do que VB já tinha escrito, mantenho no entanto as dúvidas assinaladas.
Isso acaba por ser semelhante aquela questão que se discutiu há uns tempos, sobre se o Bernardino Soares estava ou não a ser contraditório por cortar a despesa em Loures (em vez de município/pais, é uma dicotomia pais/continente, mas o raciocínio é parecido).
ResponderEliminarMas (e divagando já um bocado face ao assunto original) um problema que vejo com a macro-economia pan-europeia é que não há uma eleição a a que alguém possa concorrer apresentando um programa de expansionismo fiscal continental - nas eleições nacionais, dir-lhe-ão "isso é muito bonito, mas não depende de nós"; e nas eleições para o Parlamento Europeu, dir-lhe-ão que isso não faz parte das competências do PE
Caro LA-C,
ResponderEliminarEu gostei mais deste parágrafo:
"Mas também sempre disse que, não dispondo de taxa de câmbio, esse ajustamento seria mais duro, demorado e incompleto. E que numa união monetária, um problema sistémico teria que ter uma resposta sistémica, pelo que seria necessário que os demais países da zona euro contribuíssem para o ajustamento geral e equilibrado da zona para que se pudesse prevenir uma espiral recessiva (que existiu, mas muitos insistiram em não querer ver)."
Se isto não é uma descolagem total da posição do Governo, vou ali e já venho.