No dia em que Portugal joga contra Gales, Mário Centeno anuncia no Parlamento que há um desvio de €3 mil milhões na Caixa Geral de Depósitos, que já vem do governo PSD.
Ora digam lá o timing da notícia não é absolutamente conveniente? Parece que os problemas da CGD só começaram depois da Troika cá chegar. Seria uma filosofia interessante, não fora a CGD estar infestada de gente incompetente do PS, que até deram uns empréstimos a José Sócrates para ir estudar filosofia para Paris.
Mário Centeno presta-se a um papel tão ridículo que já merece pena. E, se Portugal perder, já sabem quem foi a ave agourenta da coisa...
Esses três mil milhões são em adição aos 4 mil milhões? Já não percebo nada.
ResponderEliminarSe Portugal ganhar, eles anunciam mais um bocado do buraco no dia do próximo jogo...
EliminarMas a sério: sabes se esses 3 milhões são para além dos 4 mil milhões que se falou há 2 ou 3 semanas?
Eliminar*mil milhões
EliminarNão sei responder-te. O artigo dá a entender que o tamanho do buraco era de €3 mil milhões durante o governo PSD/CDS. Nesse caso, suponho que há a possibilidade de ter crescido para €4 mil milhões após a saída da PàF do governo. Se esse for o caso, então a CGD está a enterrar-se a uma velocidade superior com o governo PS, até porque o buraco da CGD não começou quando PSD/CDS formaram governo, já vinha alguma coisa de trás...
EliminarUma pergunta sobre algo que me veio ao espírito ao ler as interrogações do Luís Gaspar. Se estivermos a falar de 7 mil milhões de € é muito provavel que este seja um valor superior ao da CGD em si mesma. Isto leva a que uma venda do banco careça de sentido e, como sabemos, as regras Europeias são draconianas no que toca aos Estados pôrem dinheiro nos bancos públicos. A minha pergunta é se é possivel encerrar a CGD. Uma liquidação ordenada e posterior encerramento. É isto possivel? Ou tal «buraco», se algo, obriga directamente à falência?
ResponderEliminarEm condições normais, uma empresa qualquer, seria falência directa. Mas não sei exactamente que regime legal se aplica a um banco, mormente um banco público. Não sei mesmo se é possivel o encerramento puro e simples.
é possível daí a garantia de 5000 contos até 2001 por depósito tá no papel
EliminarZuricher, o que eu gostava mesmo de saber é se é possível, no nosso Portugal, encerrar alguns dos gestores públicos que cavaram, criminosamente, aquele enormíssimo buraco na CGD. Se isso fosse possível, eu já ficaria contente e aceitava suportar mais alguns impostos, para tapar aquela cratera.
ResponderEliminarOs problemas da CGD não começaram depois da Troika cá chegar. Começaram na mesma altura em que começaram em centenas de bancos por esse mundo fora, na maior crise financeira global dos últimos 80 anos. Só que enquanto, por exemplo, na América e em Inglaterra, as autoridades bancárias se empenharam em resolvê-los, em Portugal a Troika e seus lacaios entretiveram-se em actividades expiatórias e a empurrar o rombo com a barriga, à espera de um milagre. Tentando iludir os papalvos com cantigas de bancarrota e saída limpa, deixaram a situação financeira do país muito mais débil do que quando a encontraram, em 2011, no auge da crise.
ResponderEliminarSim, sim, NG, para si, só depois de 2008/2009 é que a CGD começou a financiar operações de especulação pura e a obedecer, cegamente, às orientações do poder político que nos levou à bancarrota.
ResponderEliminarTalvez o NG não tenha estado por cá...
Mas alguém acredita em alguma coisa do que alvitra esse Mário Centeio ("centeno", em castelhano").
ResponderEliminarÀ Esquerda do salmão fumado, bem como à do carapau-de-gato, deve competir a resolução desse enorme buraco, já que privatizar a CGD era uma proposta "ideológica". Não-ideológico, claro, é usar a dita CGD para financiar o Berardo na compra de vultuosas acções do BCP. E depois ainda têm a lata de falar em "neoliberalismo".
O principal problema disto tudo é ter-se ao comando de um banco público ou de um governo gente que não acredita na economia de mercado, enquanto se serve dela. Privatizar a CGD?? "Jamais!" (pronunciado à francesa, s'il vous plait).
Na minha opinião devemos atrasar o mais possível a recapitalização da CGD. Suspeito que com os problemas do Deutsch Bank que estão a começar a vir ao de cima as regras europeias para recapitalização de bancos se vão tornar significativamente mais flexíveis a curto/médio prazo.
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