Rabo de peixe, bico de papagaio, presas de tigre, patas de cão, as dianteiras, de iguana, as traseiras, barriga de freira e tonsura de monge, língua de trapos, uma delas, as outras de fogo, cotovelos de lince, olhos de carneiro bem vivo, dentes de cobre e nariz de prata, orelhas de quem nunca usou um chapéu, sem chapéu, a maior parte das vezes, boca de lagarto e esgar de albatroz, possante como um gorila e preciso como uma pulga, com dedos de babuíno e unhas de camelo, as pestanas de elefante e as lágrimas de crocodilo, joelhos de gafanhoto e cabelos de porco-espinho, esperto como um rato e gentil como uma preguiça, cada dedo do pé parece uma formiga ou um ouriço-do-mar e cada músculo pulsa como uma sirene ou um farol ou uma galinha depois da visita da raposa, a testa é ampla como uma ostra, o dorso terso como um falcão, anda como uma zebra, corre como um lobo, come como um abade, vive as vinte e quatro horas de um mosquito e dorme como uma pedra. Não mete medo a ninguém. Não faz parte da história natural. Na verdade, Plínio não lhe dedica uma única linha.
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
domingo, 14 de agosto de 2016
Criaturas metafísicas 12
Rabo de peixe, bico de papagaio, presas de tigre, patas de cão, as dianteiras, de iguana, as traseiras, barriga de freira e tonsura de monge, língua de trapos, uma delas, as outras de fogo, cotovelos de lince, olhos de carneiro bem vivo, dentes de cobre e nariz de prata, orelhas de quem nunca usou um chapéu, sem chapéu, a maior parte das vezes, boca de lagarto e esgar de albatroz, possante como um gorila e preciso como uma pulga, com dedos de babuíno e unhas de camelo, as pestanas de elefante e as lágrimas de crocodilo, joelhos de gafanhoto e cabelos de porco-espinho, esperto como um rato e gentil como uma preguiça, cada dedo do pé parece uma formiga ou um ouriço-do-mar e cada músculo pulsa como uma sirene ou um farol ou uma galinha depois da visita da raposa, a testa é ampla como uma ostra, o dorso terso como um falcão, anda como uma zebra, corre como um lobo, come como um abade, vive as vinte e quatro horas de um mosquito e dorme como uma pedra. Não mete medo a ninguém. Não faz parte da história natural. Na verdade, Plínio não lhe dedica uma única linha.
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Quimera.
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