Após
Portugal ter entrado em pré-bancarrota em 2011, não faltou quem acusasse a Comissão
Europeia de ter estado calada e feito vista grossa aos sucessivos desvios, abusos e aldrabices orçamentais de vários países do eurogrupo. Agora,
é acusada do contrário. Fala demais e perturba os mercados, que, como é sabido,
são umas criaturas muito sensíveis. Compreendo o argumento. Dirão com certeza que os avisos ou ameaças aos países infractores deviam ser feitos discretamente. De
preferência, na sombra dos gabinetes e salas de reunião de Bruxelas. Mas,
honestamente, alguém acredita que esse tipo de aviso ou ameaça surtiria algum
efeito? Eu não acredito.
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