As taxas de juro desta dívida até são baixinhas porque os prazos são curtos, logo há menos incerteza, mas se adiámos o empréstimo do FMI e, no entanto, continuamos a ir ao mercado emitir dívida de curto prazo, então vamos usar esse dinheiro exactamente para quê? Só há duas opções: vamos pagar dívida antiga com empréstimos de curto prazo, o que pode ser arriscado se ficarmos sem dinheiro na tesouraria como aconteceu durante o governo Sócrates, ou vamos gastar este dinheiro em despesas correntes, o que não gera crescimento, mas assegura-nos uma dívida crescente.
No entanto, tenhamos fé, que ainda não paga imposto! E não se preocupem, há sempre compradores para a dívida desde que os investidores sejam recompensados pelo risco e taxas de juro altas são necessárias para atrair investidores com mais apetite para risco. A JP Morgan já disse que as yields da dívida portuguesa estão a tornar-se muito atractivas. Isto é uma maneira simpática de nos dizer "Obrigada". Um governo que esperneia e assusta os mercados antes de emitir dívida é tipo o Pai Natal dos credores. O Pai Natal dos contribuintes é que nunca mais aparece...
"Um governo que esperneia e assusta os mercados antes de emitir dívida é tipo o Pai Natal dos credores"
ResponderEliminar- Enquanto anedota não está nada mal.
A emissão de dívida pública destina-se a financiar o deficit orçamental. A algum lado eles têm de ir buscar a guita que falta.
ResponderEliminarVai acabar mal...
ResponderEliminarÓ Rita, é uma chatice os mercados não entenderem as nossas ideias e desejos.
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/portugal_paga_a_taxa_mais_baixa_de_sempre_em_leilao_de_divida_a_12_meses.html
O que parece existir de errado não é Portugal emitir dívida. É emitir tão pouca e não aproveitar esta maré.
Cá está. A reestruturação da dívida sem gritos nem bandeiras, na tranquilidade.
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