O que acontece se as coisas correrem mal? Se o PSD ou CDS conseguissem maioria absoluta, governariam nas piores condições e, mais uma vez, seriam vistos como os maus da fita: estabilizariam a economia e depois a Esquerda tomaria o poder quando as coisas já estivessem mais fáceis. Não é racional para o PSD sujeitar-se a uma dinâmica deste tipo, logo qual é a estratégia preferida do PSD? É que as coisas corram mal, mas não ganhar as eleições e sujeitar o PS às consequências da sua má governação. A estratégia do PSD é fingir que não tem estratégia, dar a impressão que está completamente desorientado, e dar corda ao PS para se enforcar.
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
domingo, 8 de maio de 2016
Pensamentos ruins
Estou a ouvir o Expresso da Meia-Noite, onde o LA-C participou, e noto que devo ser bastante maquiavélica. A meu ver o que une o "acordo" dos partidos que apoiam o governo é ódio aos partidos da Direita. Por isso haverá sempre acordo entres estes partidos para impedir a queda deste governo e, em caso de eleições, de impedir um governo de Direita, desde que as coisas estejam bem. Como a probabilidade de PSD e CDS conseguirem maioria absoluta é praticamente nula, se as coisas correrem minimamente bem, teremos governos de Esquerda indefinidamente.
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Genial, Rita! E bate certo com a declaração de PPC de que espera que o governo não se ponha ao fresco quanto tiver de corrigir as políticas que estão a ser seguidas (http://www.jn.pt/nacional/interior/espero-que-o-governo-nao-se-ponha-ao-fresco-5152022.html) Bjs. e bom domingo!
ResponderEliminar" A meu ver o que une o "acordo" dos partidos que apoiam o governo é ódio aos partidos da Direita." Não é só na tua opinião. Sempre achei isso, que se tornou para mim evidente desde a viabilização do orçamento pelo PCP e BE: mesmo com toda a irresponsabilidade fiscal que revela, este orçamento nunca seria por eles viabilizado se fosse apresentado pela PaF.
ResponderEliminarGreat minds think alike...
EliminarFinalmente percebeu. E tem de ser assim, senão andamos nisto toda a vida. Foi o Guterres, a seguir ao Guterres foi o Sócrates, agora é o Costa, a seguir a este há-de ser outro aldrabão qualquer.
ResponderEliminarEste país mais parece um país do terceiro mundo, infantilizado e estupidificado por um regime de fachada e de trafulhas.
A questão não é compreender. Esta estratégia tornou-se interessante a partir do momento que António Costa começou a desatinar após as eleições e a PàF se mostrou incapaz de defender a execução orçamental da sua governação. O que é surpreendente, para mim, é que alguém no PSD pudesse ter a visão de implementar uma coisa deste tipo. É que tem de ser bem executada, pois pode ser arriscada, mas a longo prazo defende os interesses do país e da Democracia portuguesa.
Eliminar"A meu ver o que une o "acordo" dos partidos que apoiam o governo é ódio aos partidos da Direita." Isto era evidente desde o início, e ainda mais se tornou quando o BE e o PCP aprovaram um orçamento que (apesar do seu irrelalismo e irresponsabilidade fiscal) teriam denunciado como austeritário se tivesse sido proposto pela PaF.
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