Quanto à TSU eu concordo com Louçã quando diz que a proposta do PS é bastante semelhante à do PSD/CDS. À actual, que é radicalmente diferente da de Vítor Gaspar que foi chumbada na rua e que se traduzia num aumento da TSU total.
Mas a proposta é também similar à do BE de há alguns anos, quando se discutiu a última grande reforma na SS. E a argumentação do BE era em tudo semelhante. Era necessário baixar a TSU para não penalizar o factor trabalho. É fácil ir buscar passagens de textos da época onde isto é facilmente explicado. A ideia é bastante simples e nem consigo perceber como discordar dela: ao se taxar directamente os salários, ainda por cima de forma tão agressiva, cria-se uma fiscalidade que é pouco amiga do trabalhador. Baixar estes impostos (ou taxas) que incidem directamente sobre o trabalho e substituí-los por impostos com outras incidências é adequado num momento de tanto desemprego.
A proposta do PS pode ser melhorada? Com certeza que sim. Está-se a trocar impostos certos (TSU) por impostos incertos (imposto sobre grandes heranças e TSU sobre rotação de trabalho) e voláteis (IRC). Mas se a ideia de base é correcta vale a pena explorá-la e trabalhá-la.
PS Nesta argumentação, estou a referir-me à TSU paga pelas empresas. A redução da TSU paga pelos trabalhadores, à custa de uma futura redução de pensões, corresponde a uma privatização parcial da SS que, concordemos com ela ou não, é surpreendente que venha num documento do PS.
"Da análise dos resultados destaca-se um impacto estatisticamente não significativo da
ResponderEliminarvariação da contribuição das empresas para Segurança Social, sobre o emprego
e sobre a taxa de desemprego, quer no curto quer no longo prazo."
http://www4.fe.uc.pt/pedro/Emprego_e_TSU.pdf
Eu tambem gostaria de ver o PS discutir formas de reduzir a despesa. Comece-se por limpar os tribunais de processos frívolos--sei lá como é que apareceu isso na minha cabeça...
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