quarta-feira, 13 de maio de 2015

Multiplicação, aka, sexo

É Quarta-feira, e vocês sabem o que isso significa: é hora de termos prazer e salvarmos Portugal. É o dia que eu dedico à Campanha de Natalidade da nossa Ministra das Finanças. Sabem o que eu acho giro? Que tenha sido uma mulher do nosso governo que disse "Multipliquem-se"; os homens andavam a pensar em impostos e subsídios, como de costume. Estes políticos matam o tesão de qualquer pessoa. Ainda bem que eu estou fora de Portugal e não estou sujeita a tantas manobras de tortura. Então vamos lá a isto.

Depois de ler o meu post de achincalhamento, o NAJ enviou-me um poema de Carlos Drummond de Andrade. Digo-vos: este poema é perfeito! Até parece que eu o encomendei ou que o conhecia; mas, não, só o vi quando ele mo enviou. Quando chegarem a casa, façam o favor de olhar para o chão e pensar nas possibilidades. Depois, traduzam para a realidade o desejo que vos consome.

O chão é cama para o amor urgente,
amor que não espera ir para a cama.
Sobre tapete ou duro piso, a gente
compõe de corpo e corpo a húmida trama.

E para repousar do amor,
vamos à cama.

~ Carlos Drummond de Andrade

E eu acho este vídeo muito sexy e gosto bastante da espontaneidade na praia--adoro o mar. Sejam malucos, eu já sou...

P.S. Obrigada, Nuno. Ah, e uma nota pessoal, que já me assaltou a cabeça várias vezes: trabalhar em equipa é muito mais engraçado e produtivo do que trabalhar a solo e parece que o Luís tem talento para construir equipas que funcionam bem. Obrigada, Luís; gosto muito de aqui estar...

12 comentários:

  1. Tens razão, Rita, estamos todos em dívida com o Luís,

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    1. Obrigada, Zé Carlos. Também gosto muito de trabalhar contigo e aprecio imenso não só o teu contributo, como o teu feedback. :-)

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  2. é hora de termos prazer e salvarmos Portugal. É o dia que eu dedico à Campanha de Natalidade

    Eu tenho a impressão de que a Rita tem muito prazer, sim, mas que natalidade, não tem nenhuma.

    Quantos filhos é que a Rita, com ou sem prazer, tem?

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    1. Nenhum! Eu esperei demasiado e não consegui engravidar. Mas eu saí de Portugal; se tivesse filhos, seriam americanos e isso dar-me-ia razões para eu não querer regressar a Portugal. No meu caso, não ter filhos é melhor para Portugal.

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    2. Eu esperei demasiado e não consegui engravidar.

      Os meus pêsames.

      Acontece a bastantes mulheres. Passam muitos anos a tomar a pílula e um dia, quando afinal querem engravidar, descobrem que estão estéreis.

      se tivesse filhos, seriam americanos e isso dar-me-ia razões para eu não querer regressar a Portugal

      Tantos erros numa só frase.

      Eu na Pensilvânia conheci uma suíça que me disse que gostava muito dos EUA e que tencionava lá continuar mas que, se acaso engravidasse, votaria imediatamente para a Europa. Porque, disse-me, os EUA são um dos piores países para se ter um filho, devido (salvo erro, já não me recordo bem) ao péssimo sistema educativo.

      Ou seja, se a Rita tivesse filhos não precisaria de os ter nos EUA.

      Outro erro: o facto de o filho da Rita ser americano não significa que ele um belo dia não decida vir para a terra da mãe. As pessoas emigram. Nem as crianças nascidas em Portugal ficarão necessariamente em Portugal, nem as crianças nascidas no estrangeiro deixarão de um dia vir para Portugal.

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    3. Cada um tem as suas preferências. Felizmente, as minhas preferências são diferentes das das mulheres suíças. O meu marido era americano e eu não iria para Portugal só para que os meus filhos pudessem crescer em Portugal. Para além disso, em Portugal, a minha vida profissional seria muito limitada, o que eu faço não existe aí. Não tenho talento para me meter em situações onde sei à partida que vou perder.

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  3. Parabéns Luís Lavoura, não é fácil ser tão desagradável em tão poucas palavras, e as suas são de uma eficácia milimétrica.

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  4. Não compreende em que é que fazer comentários/perguntas íntimas sobre as opções reprodutivas de uma pessoa com um tom sarcástico num fórum público é desagradável? Se os seus pais não lhe explicaram em pequenino, acho que eu também não serei capaz :-(

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    1. Não utilizei nenhum tom sarcástico. Você está a ler nos meus escritos coisas que lé não estão.

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    2. O facto de o meu comentário - que, repito, não foi sarcástico - ter sido feito num fórum público é que lhe dá valor. Porque o comentário tem natureza pública. O que se passa é que conheço diversas mulheres que têm o mesmo problema que a Rita. E esse problema tem que ser divulgado, tem que ser público, para que outras mulheres saibam que ele existe. Ou seja, as mulheres que estão atualmente na casa dos 20 anos, e que alegremente estão a tomar a pílula, devem saber que correm um sério risco de que quando um dia, aos 30 e tal anos, decidam ter um filho, não sejam capazes. Porque as pílulas têm efeitos a longo prazo e o sistema reprodutivo das mulheres (e dos homens) deteriora-se.
      De resto, como disse, lamento sinceramente o problema da Rita (e de todas as outras na mesma situação).

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