quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Gumbo

Quando decidimos ir a Nova Orleães, Louisiana, fazer a passagem de ano no final de 1999 tivemos o cuidado de pensar nos riscos da nossa aventura. Achámos mais seguro não ficar alojados mesmo na cidade, afinal é a cidade do pecado, haveria uma grande festa, e seria fácil haver um atentado. Isto pensávamos nós pré-atentados terroristas de 2001, mas como íamos entrar no Y2K, andava tudo num grande alvoroço. Baton Rouge, que fica a uma hora e um quarto de Nova Orleães, parecia-nos um sítio bastante seguro onde ficar e escolhemos um Super-8 Motel ao longo da autoestrada para facilitar a viagem até ao destino final.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Pensar a justiça

Em 1955, no Mississippi, uma mulher branca, Caroline Bryant, de 21 anos acusou um rapaz negro de 14 anos de a assediar, verbal e fisicamente, enquanto ela estava na mercearia da família dela. Alguns dias depois de se dar o suposto assédio, o marido da mulher e o meio-irmão deste raptaram o rapaz, Emmett Till, espancaram-no, mutilaram o corpo e atiraram-no a um rio.

Quando o corpo apareceu, a mãe de Emmett insistiu que o caixão do filho estivesse aberto durante o serviço fúnebre, para que todos vissem o corpo inchado e mutilado. Os homens que mataram Emmett foram julgados, mas ambos foram ilibados. Em 2008, numa entrevista a um jornalista, a mulher admitiu que tinha exagerado na acusação, leia-se mentido: Emmett não a tinha agarrado, talvez lhe tivesse dito algo impróprio, dado que, no auge da segregação, um rapaz negro não devesse falar com uma mulher branca.

Relato-vos este caso (podem ler mais detalhes na Wikipédia) porque na sequência da publicação da foto de uns rapazes que presumivelmente atacaram alguns idosos nas redes sociais, tenho visto muita gente defender as virtudes de um sistema de justiça de linchamentos e outros tantos acham que não nos devemos preocupar com os direitos destes indivíduos, mas sim com o bem-estar dos idosos porque com eles ninguém está preocupado.

Assegurar que estes indivíduos sejam levados à justiça, sem que tenham os seus direitos violados, não prejudica os idosos. O que prejudica os idosos é uma sociedade que só se preocupa com eles depois de eles se tornarem vítimas. Andar pelas redes sociais a ameaçar espancar quem bate em idosos também não é preocupação porque não ajuda idoso nenhum. A propósito, quando foi a última vez que ajudaram um idoso?

Para além disso, num país dito civilizado, onde prevalece um estado de direito, as pessoas têm o direito de se defender dos crimes de que são acusadas e a justiça deve tratar todos igualmente, ou seja, as sentenças são independentes de quem pratica a justiça. Se a justiça fosse ao critério de cada um, prevalevceria o sistema do "cada cabeça, sua sentença", que dá em situações como a do linchamento de Emmett Till, em que este nem oportunidade teve de se defender do que o acusavam.

Os méritos e deméritos dos dois sistemas deveriam ser óbvios, mas fiquei surpreendida por encontrar pessoas com formação universitária incapazes de reconhecer que a justiça não pode ser fruto da vontade popular. Tem de haver um sistema pré-definido ao qual quem é acusado de um crime tem de se sujeitar.

No caso de Emmett Till, a justiça falhou duas vezes: falhou porque ele não teve oportunidade de se defender do que o acusaram. E depois falhou porque os indivíduos que o mataram foram ilibados. Esta segunda falha chama-se um falso negativo e corresponde a alguém culpado ser ilibado; também há falhas que são falsos positivos em que alguém inocente é condenado e, muito provavelmente, se Emmett tivesse sido julgado teria sido condenado apesar de estar inocente.

A justiça nunca será perfeita, haverá sempre falhas, mas cabe a todos nós perscrutar a nossa consciência e pensar como é que o sistema pode e deve ser melhorado. Essa reflexão e discussão são inexistentes em Portugal e seria bom que o sistema de educação arranjasse maneira de educar os actuais jovens para terem conhecimentos de educação cívica e cidadania melhores do que a geração actual de adultos.

domingo, 21 de outubro de 2018

Emaranhado

Já começou o período de eleições para as Midterms americanas, mas desde há sensivelmente uma semana, as notícias têm sido dominadas pela morte de Jamal Khashoggi, um cidadão da Arábia Sáudia e cronista do Washington Post, que morreu depois de entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia. No início, o Presidente Trump descontou a notícia e disse que era muito mais importante salvaguardar o negócio de vendas de armas que os EUA têm com a Arábia Saudita, só que o governo turco não largou o osso e continuou a forçar o assunto.

A Arábia Saudita é o aliado mais importante dos EUA no Médio Oriente, mas também é aliada da Turquia e, por isso, Khashoggi não pensava que algo fosse tentado contra ele dentro da Turquia e, mesmo que fosse, o pior talvez fosse um rapto. Ele teve esta conversa, algumas semanas atrás, com um amigo turco, conselheiro do Presidente Erdogan, entrevistado pela BBC (minuto 45) -- o mesmo amigo a quem ele mandou a noiva telefonar caso não saísse do consulado da Arábia Saudita onde tinha ido buscar documentos para o casamento. Depois desse telefonema, esse amigo contactou as autoridades turcas que investigaram o desaparecimento.

Os turcos afirmam ter gravações audio e vídeo da morte do jornalista e relatam ter sido algo completamente macabro, em que este tenha sido torturado, tendo tido os dedos cortados enquanto vivo e o corpo tenha sido desmembrado para ser retirado do consulado. Inicialmente, os Sáuditas negaram estar envolvidos, mas agora já assumem que o jornalista tenha morrido durante uma "luta de murros". A existência de gravações indicaria que os turcos tinham o consulado sob vigilância, o que não parece ser algo que os turcos queiram assumir, mas tudo nos leva a crer que as gravações existem.

Encontramo-nos na situação estranha de acreditar mais nas autoridades turcas do que nas dos outros países, quando os turcos têm eles próprios problemas de credibilidade, dado o nível de censura que se vive na Turquia. A economia turca está num caos, com inflação acima de 24%, as taxas de juro para pedir crédito à volta de 40%, e a lira turca fortemente depreciada. Há uns meses, no Twitter, Donald Trump passou algum tempo a insultar o governo turco por causa do pastor americano Andrew Brunson que estava preso por suspeição de ser um espião.

Entretanto, a dívida americana está a aumentar rapidamente sob a Presidência Trump e, enquanto a China está a reduzir a sua detenção de dívida americana, a Arábia Saudita está a aumentar. Note-se, no entanto, que têm pesos diferentes, pois a China detem mais de um bilião curto de dólares, enquanto que os Sauditas detêm 170 mil milhões.

Alguns congressistas americanos já activaram a lei de Magnitsky, passada em 2016, o que implica que o Presidente Trump tem duas semanas para tomar medidas contra individuos envolvidos em violações de direitos humanos. Nesta altura, suspeita-se que o assassinato tenha sido ordenado pelo principe Mohammed bin Salman, que poderá ser um dos alvos de sanções. Veremos como Donald Trump descalçará a bota, mas corre o risco de, nas vésperas das eleições, a Turquia divulgar o conteúdo das gravações com o intuito de o deixar mal-visto.





quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Comercial menos comercializável

Fui a uma daquelas FNACs pequenas, que terão de fazer uma escolha criteriosa dos artigos que disponibilizam, e fiquei surpreendido que, na secção de dvd/blu ray, uma proporção elevada dos filmes disponíveis fossem ditos alternativos, ou não comerciais. Diria que eram pelo menos metade. A massificação do streaming , o legal e o pirata, reduziu dramaticamente a compra de discos, mas talvez tennha reduzido proporcionalmente mais a compra de filmes comerciais. Poderiam adiantar-se algumas explicações especulativas. Por exemplo, talvez os filmes comerciais sejam mais substitutos entre si (só quero ver um filme que me entretenha, não me preocupa muito qual desde que cumpra o papel), pelo que, se já tenho uma subscrição do Netflix, não preciso de mais. Por oposição, os filmes independentes que seriam mais insubstituíveis (quero mesmo ver aquele específico). Imagino que haja outras teorias. Seria interessante ver os dados da evolução das vendas diferenciadas por tipo, mas não encontrei. E seria muito interessante - e irónico - que os filmes menos comerciais se tornassem os mais comercializáveis.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Redemoinho da framboesa

No outro dia decidi ver uma série no Netflix sobre sexo--Hot Girls Wanted: Turned On. É uma docu-série produzida pela Rashida Jones. Não sei a razão de ter decidido ver aquilo, mas depois de ver fiquei deprimida. Acho que é desta que a nossa espécie vai entrar em vias de extinção. É a única conclusão possível dadas as novas tendências de acasalamento que mais me parecem os primórdios da civilização humana.

Mas o meu momento WTF foi quando num dos segmentos sobre pornografia se fala de raparigas que gostam de ter sexo enquanto a sua cabeça é enfiada numa retrete e o autoclismo ligado. Eu não vos disse? What the fuck!?! A estas moças chamamos "swirlie girls" -- raparigas de redemoinhos. A sério! Eu tenho uma imaginação fértil, mas garanto-vos que não imaginava uma coisa destas.

"Ó Rita, mas o que é que te deu para falares nisto?" É simples e é por causa do Cristiano Ronaldo. O mais triste é que eu não ligo nada ao Cristiano Ronaldo; só sei o nome e a profissão dele; vá lá também sei a nacionalidade. Se me perguntarem onde ele joga, não sei dizer, mas vejo-me na posição de advogada do diabo por causa da Fifth Amendment da Constituição americana e porque ele se enfiou numa situação que é muito interessante do ponto de vista legal.

No outro dia, a propósito de violação sexual, ofereceram-me um argumento paralelo mas aplicado ao atropelamento numa passadeira. Só que ser atropelado numa passadeira é, na minha cabeça, uma variável binomial: ou se é ou não, e, quando se é, é claro de se ver que há um carro, um peão, uma passadeira e estão combinados de forma a nós concluirmos que aquilo é atropelamento.

Sexo não é assim porque quando eu descrevo alguém a ter sexo tipo, ele chicoteou-o enquanto o penetrava, ou ela enfiou o punho pela vagina dela adentro, ou ele sodomizou-a enquanto enfiava a cabeça dela na sanita e puxava o autocolismo, vocês não sabem se é violação ou se é sexo "não-baunilhado", como dizia o Mr. Gray. Talvez a minha reacção seja exagerada porque, quando a população é 7 mil milhões, é natural que haja pessoal com gostos esotéricos e, se calhar, até há quem goste de ser atroplelado, mas tenho sérias dúvidas acerca do potencial de reprodução destes indivíduos, pois devem ter esperanças de vida limitadas.

Pela minha parte, redemoinhos só de framboesas: "if you want inside her well, boy you better make her raspberry swirl..."





Genial outra vez

Que João Galamba seja o novo Secretário de Estado da Energia. Dá vontade de re-escrever o Casablanca: "Of all the idiots in the Socialist Party, they had to pick this one..." Como disse antes, ou não há gente melhor do que isto, ou há falta de vergonha.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Genial, ainda?

Estava aqui a conversar com as pintas que tenho na camisola e dizia eu que continuava a não perceber a genialidade de António Costa. O caso Tancos é do mais patético que existe, mas o nosso ilustre Primeiro Ministro continua a defender o Ministro da Defesa. Não me parece que seja comportamento de alguém genial; parece-me que ou não há melhor do que aquela peça para Ministro da Defesa ou, em Portugal, confunde-se a genialidade com a falta de vergonha.

Actualização: ainda não tinha visto que o Ministro se tinha demitido, mas continuo na minha de não perceber o porquê de defender o homem durante tanto tempo...

domingo, 7 de outubro de 2018

Pleno uso das faculdades

No dia 2 de Outubro, aqui na DdD, deixei-vos um TPC: pedi-vos para lerem a reportagem sobre Amber Wyatt, que foi publicada no Washington Post a 19 de Setembro e actualizada a 21 de Setembro. A autora da reportagem foi uma jornalista que frequentou a mesma escola secundária que Amber. O seu trabalho de investigação começou em Abril de 2015 e a autora, na peça, diz que na altura em que começou era uma "young writer". É uma peça brutal escrita por uma rapariga que hoje tem à volta de 27 anos.

Contrasto isto com a peça sobre Cristiano Ronaldo publicada pelo Der Spiegel que foi o resultado do trabalho de 20 pessoas, inclusive pessoas da equipa legal, durante ano e meio, e que ouço dizer estar muito bem feita. Não está.

sábado, 6 de outubro de 2018

A vida é complicada

A senhora S sabe vestir-se de forma a causar uma primeira boa impressão, vive sozinha, costuma ir a bares de solteiros, onde bebe sempre bastante – este último dado é muito importante, porque o álcool suspende a autoconsciência e introduz nebulosidade e ambiguidade. Alguém puxa conversa e ela acaba na casa dele ou ele na casa dela. Um dia, numa época em que a comunicação social estava (e está) cheia de histórias de agressões sexuais, diz ao seu psicoterapeuta: “Acho que fui violada”. A seguir, acrescenta: “cinco vezes”. Esta é uma história verídica, contada por Jordan Peterson, psicólogo clínico e autor do best-seller “12 regras para a vida”. A palavra-chave aqui é “acho”. Peterson não tem dúvidas de que qualquer psicoterapeuta, com alguns conhecimentos de Freud, poderia facilmente transformar o “acho” numa certeza absoluta. E a paciente acolheria rapidamente essa certeza. Tudo passaria a fazer mais sentido na cabeça da senhora S. Estaria encontrada uma causa clara e simples para todos os seus actuais problemas. A solidão, ninguém com quem conversar, uma carreira profissional inconsequente, a atracção e, ao mesmo tempo, o medo e a desconfiança dos homens – a senhora S foi ignorada pelo pai e acossada pelos irmãos. Em vez disso, Peterson preferiu ouvir e perguntar à senhora S a sua opinião. E ela falou, falou muito, e continuou a ter dúvidas sobre se tinha sido ou não violada, se tinha ou não consentido. Passados uns tempos, abandonou a terapia. A vida é complicada, diz Peterson.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Desabafo

Ao falar com alguns portugueses acerca do caso CR7 fico com a impressão de que Portugal é um país civilizadíssimo, onde a justiça funciona muito bem. A Kathryn, que não quis ir a tribunal e preferiu receber $375 mil em dinheiro, foi bastante prejudicada dado o extremo trauma que sofreu. Note-se que muitos dos sobreviventes do 9/11 que desenvolveram cancro receberam no máximo $250 mil, mas um ataque terrorista não é tão mau quanto uma suposta violação. Decerto que em Portugal ela teria tido melhor recurso e resultado porque é isso que acontece normalmente às mulheres portuguesas porque a Justiça portuguesa funciona a sério, o governo já disse que não há mais nada a reformar: é perfeita.

Nos EUA, os homens estrangeiros poderosos acusados de violação não caiam antes do movimento MeToo, como o pode confirmar Dominique Strauss-Kahn. O CR7 é um homem tão poderoso que contrata um advogado português que o faz assinar uma suposta confissão, violando os direitos constitucionais do cliente e enviando a dita por correio electrónico não-seguro. Ainda por cima, anda pelo Twitter a armar-se em Donald Trump e a dar tiros nos pés — alguém lhe diga: “you have the right to remain silent, meu grande idiota. Não é uma invenção dos filmes, é mesmo a sério.”

Se burrice fosse crime, o CR7 apanharia prisão perpétua — nos EUA; em Portugal, recebe condecorações do Presidente da República porque é um país civilizado.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Temperamento

Mais de 650 professores de Direito nos EUA assinaram uma carta a explicar que o Juiz Kavanaugh não tem temperamento para ser confirmado para o Supremo Tribunal. Isto não vos recorda a discussão acerca de Donald Trump não ter temperamento para ser Presidente dos EUA? Adiantou muito...

Por falar em temperamento do Presidente, ontem no Fresh Air, foi entrevistado o Michael Lewis que tem um livro novo chamado "The Fifth Risk". Durante a entrevista, a Terry Gross perguntou-lhe que tipo de crise poderia acontecer nos EUA e Lewis respondeu que achava que havia a possibilidade de o Presidente não honrar a dívida pública americana, dado que era uma pessoa que tinha um historial de falências e o défice e a dívida estão a aumentar bastante.

Lewis também falou da inspiração para este livro que foi uma ideia de Daniel Kahnemann e Amos Tversky da qual ele falou no livro anterior, o "The Undoing Project": as pessoas não são muito boas a avaliar mudanças no perfil de risco. Por exemplo, são incapazes de reconhecer quando um evento de risco passa de uma probabilidade de ocorrência de um em um milhão para uma de um em 100 mil. Esta ideia é bastante pertinente para Portugal dadas as mudanças na despesa pública que aí têm acontecido; mas, como diz o povo, "depois da casa arrombada, trancas à porta".

Fica aqui a entrevista, se quiserem ouvir:

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Emendem-se


No person shall be held to answer for a capital, or otherwise infamous crime, unless on a presentment or indictment of a Grand Jury, except in cases arising in the land or naval forces, or in the Militia, when in actual service in time of War or public danger; nor shall any person be subject for the same offence to be twice put in jeopardy of life or limb; nor shall be compelled in any criminal case to be a witness against himself, nor be deprived of life, liberty, or property, without due process of law; nor shall private property be taken for public use, without just compensation."


Fifth Amendment, Constituição dos EUA

O Cristiano Ronaldo precisa de um advogado melhor, de preferência americano e sem especialidade em multas de trânsito. Eu, se fosse a ele, insistia que o caso fosse a tribunal, em vez de ser julgado em Praça Pública.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Mudança

Passámos uma semana super-enervante nos EUA com o processo de confirmação do Juiz Brett Kavanaugh para o Supremo aqui do sítio. Em causa estão umas acusações de abuso sexual ou, pelo menos, de comportamentos menos dignos de alguém que está na posição em que ele está. Dado o nível de polémica, o Senador Flake, que está prestes a reformar-se do Senado, pois não vai concorrer mais a eleições, deu um voto condicional de aprovação no Senate Judiciary Committee, pedindo que se adiasse a votação no Senado e se desse uma semana ao FBI para investigar o mérito das acusações. Durante algumas horas o suspense pairou no ar, pois só o Presidente pode pedir uma investigação ao FBI, mas Trump acedeu e teremos mais entretenimento por uma semana. Note-se, no entanto, que Mitch McConnell, o Líder da Maioria no Senado, já indicou que o Senado iria votar a confirmação ainda esta semana, não dando tempo ao FBI para terminar a investigação.

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