- quando o governo Passos Coelho tomou posse,
- antes das eleições legislativas,
- na véspera da notícia da TVI, e
- no dia em que o BCE decidiu fechar a torneira.
Para além disso, alguém do governo Costa deveria explicar aos contribuintes o seguinte: no dia 16 de Dezembro, o BCE informou o governo que iria fechar a torneira ao Banif no dia 21 de Dezembro. Logo, subentende-se que no dia 16, o governo Costa sabia com certeza absoluta que teria de intervir no Banif e que isso teria um custo avultado. A 18 de Dezembro, António Costa comprometeu-se a desfazer o negócio da TAP a qualquer custo. Como é que o Primeiro Ministro sabendo que estava prestes a anunciar um desastre financeiro para os contribuintes, se compromete a prosseguir uma linha de acção com a TAP que custará ainda mais dinheiro para os contribuintes?
Rita,
ResponderEliminarUma correcção: o BANIF já não é nosso, é do Santader. Foi nosso de 2013 até agora (o Estado tinha 60% do capital).
Quanto a Costa e a TAP, diria que o contrato é provavelmente nulo (ou isso será alegado pelo Estado) por não ter cumprido todos os procedimentos legais - sei, pelo menos, que a ANAC (Autoridade Nacional de Aviação Civil) ainda não autorizou o negócio.
Ah, sim, Carlos, tens razão. Mas em todas as datas que eu dei, o Banif era nosso. ;-)
EliminarA questão era o "agora" - agora já não somos.
EliminarE o processo do Banif tem uma coisa esquisita: então o Estado tem 60% do banco e não gere aquilo? Anda à procurar de "alternativas à actual gestão" mas não conseguia (Maria Luís Albuquerque dixit)?
Mais, aposto contigo uma daquelas sandes de bacon aí da tua actual terreola que a rapidez da venda ("resolução") tem por fim impedir que o BCE venha cá bisbilhotar - porque se isto acontecesse em Janeiro, quem tomava conta do processo de liquidação do banco seria o BCE e não o Estado Português (incluo o actual Banco de Portugal na categoria "Estado Português"). É absolutamente tocante o amor e amizade entre Costa e Passos Coelho nesta matéria - Costa diz que é a melhor solução, Passos Coelho diz que o Governo agiu da melhor forma.
Outra coisa gira: o Banif aparentemente tinha 5 mil milhões de euros de depósitos cobertos pelo Fundo de Garantia de Depósitos (não sei se antes ou depois da "fuga") - o referido fundo tem 1,5 mil milhões de activos. Como se pode ver, o fundo é uma coisa muito útil. Mais vale dizer que o Estado (i.e. contribuintes) asseguram os depósitos!
O Banif é mais um banco do "bloco central". Está cheio de dirigentes "laranjinhas" e de alguns socialistas distintos como Luís Amado.
EliminarCarlos, faz-me confusão pagar tanto dinheiro e ficar sem nada.
EliminarQueria apenas indicar que quando o governo Passos decidiu cancelar ou reverter o contrato que existia entre o Estado e o consórcio vencedor na adjudicação da obra do TGV, o Estado teve que ressarcir o consórcio em montantes na ordem das dezenas de milhoes de euros (tenho que admitir que foi um excelente negócio para esse consórcio e para os bancos financiadores do projecto). Não me parece que o contrato da TAP tenha um desfecho diferente. Provavelmente no próprio contrato estará indicado que em caso de litigio este será efectuado numa instância judicial fora de Portugal (como muitos dos contratos que fazemos na banca com consórcios do género). Mas só vendo o contrato. Os nossos políticos estão habituados a "brincar" com o dinheiro que não lhes pertence pq a cultura nacional é permissiva neste aspecto.
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