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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
ainda a lei do aborto
Li hoje a notícia que o PSD não tenciona rever a lei do aborto durante esta legislatura, numa altura em que em Espanha se discutem possíveis alterações. Percebo a cautela do PSD. Já não percebo a desonestidade intelectual de Carlos Zorrinho, do PS, quando diz que: “O PS entende que não há qualquer razão para alterar a actual lei sobre interrupção voluntária da gravidez. É uma lei que decorre de um referendo e que tem mostrado ser uma lei equilibrada e adequada às circunstâncias”. O que se votou no referendo foi a despenalização do aborto em determinadas circunstâncias. Que eu saiba, em nenhuma parte da pergunta se questionava a opinião dos portugueses quanto ao facto do aborto ser subsidiado por dinheiros públicos, estar isento de taxas moderadoras, o que na prática o coloca como um direito. É no mínimo estranho (para mim, sinistro), que se pague taxas moderadoras por tratar uma perna partida de uma criança com idade superior a 12 anos (neste caso, modera-se o quê?), e nada se pague se se optar por não ter a criança.
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A criança de 12 anos nasceu quando o aborto era ilegal, pelo que o teu exemplo não faz sentido.
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