segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Seguimos as pegadas da Grécia?

Dados sobre as economias resgatadas da zona euro
 
Em Maio de 2010, a Troika anunciou um plano de resgate para a Grécia. Seguiu-se a Irlanda em Novembro de 2010. Em Maio de 2011 foi a vez e Portugal ser resgatado. Em Julho de 2012, a Espanha obteve um plano de assistência especial para os seus bancos - e mais ajuda é esperada.
Uma das principais questões relativamente a estas economias é a seguinte: quão similar é a sua evolução? Por outras palavras, se analisarmos o comportamento de uma delas, seremos capazes de dizer o que aconteceu, o que está a acontecer, ou o que irá acontecer a outras economias? 
A Grécia tem estado no centro da crise da dívida soberana da zona euro. Credores privados do Estado Grego sofreram já perdas. A saída da zona é aí discutida de forma aberta. Em Portugal, muitas vozes têm manifestado preocupação em relação à possibilidade de as medidas de austeridade colocarem Portugal na senda da Grécia. Nuno Garoupa, por exemplo, escreveu recentemente no Jornal de Negócios que Portugal é a Grécia com um desfasamento de dezoito meses. 
De forma a avaliarmos as semelhanças que existem entre estas economias, eu e o Fernando Alexandre construímos uma webpage onde apresentamos dados sobre o comportamento das economias objecto de um plano de assistência da Troika. De facto, quanto mais similares à Grécia forem estas economias, mais o euro estará próximo do seu fim. 
À data em que escrevemos, os indicadores disponíveis na webpage mostram que a Grécia se destaca pela negativa, com excepção do indicador relativo à dívida privada, no qual a Irlanda apresenta o maior rácio relativamente ao PIB, e da posição de investimento internacional, em que Portugal apresenta o pior desempenho.

2 comentários:

  1. Näo esquecer o pequeno GRANDE pormenor do "milagre irlandês": ter o(s bancos do) Reino Unido ao lado, a insuflarem "riqueza" virtual (tal como de 2003 a 2008).

    O PIB da Irlanda aumenta, mas o PNB continua a baixar, e o desemprego a aumentar.

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    1. não temos 300 mil bales de cotton a pourrir....n'est pas?

      quanto ao investimento perdido eles tinham muito mais a perder

      nós só fabriquetas de tijolo e peluches

      já a irlanda tem ganho indústria desde 1999 que não perde
      basta ver a zona que albergava os boat people vietnamitas en dublin...

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