- A falta de empatia: quando há uma catástrofe que afecta a vida das pessoas, a primeira e principal coisa que eu quero ouvir de quem ocupa lugares de responsabilidade é empatia. Ele podia ter dito que a prioridade da administração dele era minimizar o sofrimento humano, apoiar as pessoas afectadas, e tentar que regressassem à rotina o mais depressa possível. Essa, para mim, deveria ter sido a mensagem principal. Talvez esta minha preferência se deva ao facto de, desde 1997, eu morar em sítios onde há tornados e todos os anos há catástrofes. Agora até tenho o privilégio de morar numa zona de furacões.
- Tem sempre de haver solução: uma pessoa que ocupa um lugar de responsabilidade não pode dizer que uma coisa não tem solução porque, senão, está a admitir que é irrelevante ou dispensável. O que é que diferencia duas pessoas que não oferecem uma solução? Absolutamente nada. Se ele não tem uma solução, então é indiferente se para lá for outro que também não tenha solução.
- O que os nossos antepassados fizeram por nós: já alguma vez saíram à rua numa cidade e se deslumbraram com todo o génio humano? Já pensaram "Uau, nós construímos isto tudo. Sim, nós, humanos, inventámos todas as coisas necessárias para fazer tudo isto!" A mim acontece-me frequentemente. E hoje pensei: "Bolas, se sem computadores, nem gruas, nem calculadoras, os Romanos conseguiram construir aquedutos que ainda se preservam hoje; se os portugueses conseguiram construir o Aqueduto das Águas Livres que sobreviveu ao terramoto de Lisboa em 1755, como é que não há maneira de encontrar uma solução melhor para Lisboa? Parece-me um problema trivial por comparação."
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
sábado, 24 de janeiro de 2015
Sinergia de pensamentos
Algumas horas depois de eu ler o post do José Carlos Alexandre acerca da cena do Monty Python, finalmente terminei de processar o episódio das inundações de Lisboa, durante o qual António Costa proferiu a solução "Não existe solução!". Como estamos a preparar-nos para eleições e António Costa tem uma equipa a trabalhar em soluções, vou dizer o que me incomoda com a solução anterior:
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