terça-feira, 4 de agosto de 2015

Voltas...

Tenho andado a (re)descobrir Portugal. Há sítios onde fui que nunca tinha visitado; há sítios onde vou repetidamente, mas onde tento suspender o meu à-vontade, para que eu os possa ver como se os visse pela primeira vez. Por vezes, a familiaridade com um local leva-nos a ignorá-lo; mas essa familiaridade também pode permitir-nos ignorar o que todos vêem, para que nos possamos focar naquilo em que poucos reparam. Eu tento cultivar esta última atitude. Até agora, já visitei estes sítios:
  • Azenhas do Mar: saí do aeroporto e fui imediatamente para aqui.
  • Carcavelos: uma das minhas amigas que vive em Londres veio a Portugal e coordenámos as nossas visitas para que nos pudéssemos encontrar. Já no ano passado fizemos o mesmo.
  • Tavira: o Algarve não é um sítio que eu conheça bem, mas a sorte levou-me lá desta vez e eu não pude recusar ir colmatar a minha ignorância. Enquanto lá, visitei as seguintes praias: Cacela Velha, Barril, e Manta Rota. Tive também oportunidade de ir a Cabanas de Tavira.
  • Grândola: no regresso de Tavira parei em Grândola para almoçar. Nunca lá tinha ido.
  • Coimbra: eu e Coimbra temos uma relação de amor/ódio--amo a cidade, odeio o que lhe estão a fazer.
  • Montemor-o-Velho: os campos de arroz, o castelo, queijadas de Tentúgal mesmo ao lado, bolos de Ançã...
  • Figueira da Foz: é como visitar os verões da minha infância.
  • Lousã: quem não gosta do sítio que é o enquadramento da lenda da Princesa Peralta?
  • Viseu: uma visita rápida para ir visitar um poeta e uma melhor amiga.
  • Serra da Estrela: um regresso à infância e descobri que já não enjoo a subir a montanha de carro. As cores das vegetação são de cortar a respiração. Muitas vezes desejo estar com um amigo meu que estuda ecossistemas, só para que ele me mostre todas as coisas que ele vê e que me escapam. Esta foi uma dessas vezes.
  • Covilhã: visitei a UBI, conheci pessoas, e até trabalhei um bocadinho num dos gabinetes, pois tinha umas coisas para fazer para o meu emprego.
  • Fundão: não são só as cerejas que estão ao rubro, o Fundão também está. Tive um jantar muito giro n'O Alambique.
  • Porto: eu amo o Porto. Passear pela Av. da Boavista e ouvir gaivotas, ir tomar chá quente ao Praia da Luz à noite e olhar para o mar, comprar livros na Lello, sentir o coração a palpitar ao pé do edifício do Centro Português de Fotografia (antigo Tribunal da Relação do Porto), dar abraços a amigos que me fazem rir tanto...
  • Leça da Palmeira: eu não conhecia, mas fiquei feliz por não só ver Leça, como também por conhecer as palavras de António Nobre.
  • Guimarães: a primeira vez que fui a Guimarães foi numa visita de estudo, eu devia ter sete anos. Guimarães é muito especial, está a ser bem administrada e nota-se, quando se anda pela cidade, que há uma linha lógica que guia a forma como a cidade é gerida. Desejei que Coimbra fosse gerida assim...
  • Apúlia: professo a minha ignorância acerca deste sítio. Eu não conhecia nem sequer o nome, os meus amigos tiveram de corrigir-me várias vezes até eu acertar com o nome. Lá, visitei um evento gastronómico na Colónia de Férias da Apúlia, ouvi histórias das crianças que choram quando têm de regressar a sua casa porque na colónia encontram amor e alegria e têm oportunidade de ser verdadeiramente crianças. Senti uma mistura de felicidade e tristeza: felicidade por existirem lugares e pessoas que dêem estas experiências a crianças; tristeza por os pais não poderem proporcionar o mesmo. Tomei café com uma colega da faculdade.
  • Braga: dei lá um pulinho para um jantar in promptu muito especial com pessoas muito giras. Os portugueses sabem mesmo divertir-se à mesa. Desejei poder levar estas pessoas na minha bagagem para poder ter jantares com esta companhia todos os dias.
Depois de mais de 2.000 Km ainda não cheguei ao fim, mas já dava para ter ido até Bruxelas de carro...

2 comentários:

  1. Rita Carreira, a menina (*) está na via certa. Portugal é um espanto de belezas, físicas e humanas. Quis a vida que meu Pai me tivesse levado ver "todo" o País, em miúdo. Muito esqueci mas relembrei em adulto. Por mim ou pelas filhas, adolescentes, que levei num ritual de homenagem ao meu Pai. Com ele também corri a Europa de Oeste (a de Leste era proibida). Faz bem conhecer outras etnias (culturas) e terras. Educa.
    Abraço

    (*) menina... Poderia ser seu avô, menina!

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