Uvas.
Escrevo-a à mão, acariciando a caneta,
pressionando o papel ligeiramente,
cada curva das letras desenhada com precisão;
a mesma precisão que o meu dedo teria
se tocasse a tua pele
e desenhasse constelações fictícias no teu corpo.
Tenho fome de te ver comer uvas…
Imagino o seu som ao estourar na tua boca,
a carne da fruta a desfazer-se sobre a tua língua.
A gota de sumo que escaparia dos teus lábios,
escorrendo pelo teu queixo,
o beijo que te daria para a apanhar,
o sabor da uva misturada com o sal da tua pele
na minha língua,
e o amor que então faríamos…
~ Março 2014
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