Em Memphis, limitava-me a subir as escadas no prédio onde eu trabalhava, mas aqui há a chatice de não haver escadas acessíveis porque trancam o acesso aos pisos via escadas: pode-se sair, mas não se pode entrar. É uma das medidas de segurança em caso de incêndio ou outra emergência. Logo, tenho de ir mesmo para o ginásio, que até é grátis no meu prédio de trabalho.
O problema principal é que detesto ginásios, são os sítios mais aborrecidos que eu conheço. Acho que sinto mais entusiasmo a ver tinta secar na parede. É por isso que ter um cão dá muito jeito, mas o Alfred já está velhote e eu tenho quase de o arrastar todos os dias nos dois passeios que fazemos--ou levá-lo ao colo parte do caminho, que não é bom para as minhas costas. Felizmente, o podcast do Governo Sombra já estava disponível (obrigada, TSF) e eu fui para a passadeira enquanto o ouvia.
Comecei a pensar no dia de amanhã, que é hoje. Pensava eu que me daria um grande jeito se houvesse mais governos sombra. Eis que, no Público de hoje, Vasco Pulido Valente partilha a mesma opinião: precisamos de outro governo sombra. Não sei se VPV também precisa de ir ao ginásio. Só acho que Pedro Passos Coelho não irá ser tão divertido como Ricardo Araújo Pereira. Talvez Paulo Portas dê um arzinho da sua graça, se bem que tal costuma ser acompanhado pela nossa desgraça...
Mas, pondo essas puerilidades de parte, do que a coligação precisa é de um programa e de um método de oposição, de um governo sombra, de uma maquinaria eficaz (dentro e fora da Assembleia da República) e principalmente de uma política de informação pública (quem fala sobre o quê e onde). O espectáculo que a direita está a dar é o caminho mais curto para uma nova derrota.~ Vasco Pulido Valente, Público, 20/11/2015
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