segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O grande assalto

O Conselho de Finanças Públicas, a UTAO, a Comissão Europeia, quatro agências de rating, vários economistas todos consideram o “esboço do Orçamento de Estado para 2016” irrealista, imprudente, artificial, optimista. Está em marcha mais um “assalto” (Catarina Martins dixit) do grande capital à nossa ditosa pátria. A culpa é do anterior governo, claro. Maria Luís Albuquerque nunca devia ter dito que os cofres estavam cheios. Isso, está bom de ver, chamou a atenção dos especuladores, esses abutres, que se puseram logo a sobrevoar a capital à espera da primeira oportunidade para nos assestar um golpe.
Há forças poderosas e malignas, nacionais e internacionais, mancomunadas, a tentar sabotar o cumprimento das promessas de um governo legítima e democraticamente eleito pelos portugueses. É revoltante esta ingerência na nossa soberania. E tudo por causa de uns míseros 500 a mil milhões de euros a mais na despesa pública - em relação ao que está previsto no Tratado Orçamental. A isto chama-se falta de solidariedade europeia. Os alemães, holandeses, polacos, lituanos, finlandeses, etc. não querem correr o risco de pagar mais uns trocos por nossa causa. São mesmo egoístas, maus e feios. 

3 comentários:

  1. "O Conselho de Finanças Públicas, a UTAO,..." onde estava toda essa gente quando foram apresentados e aprovados os orçamentos que conviveram com o aumento explosivo da dívida pública, a fuga massiva de gente qualificada, a entrega de monopólios a estados estrangeiros e especuladores, a ruína da banca, e o país pendurado por arames na iluminação tardia do BCE, no resultado dos investimentos estratégicos do governo anterior, no ciclo de baixa das commodities e na generosa contribuição do turismo, em fuga de regiões que se tornaram inóspitas? Talvez haja algum optimismo nessas contas mas faltam pessoas com autoridade e credibilidade para o denunciar.

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    1. O NG, que se passeia tanto nos EUA e é especialista na cultura aqui do sítio, ainda não aprendeu aquele ditado americano básico: "two wrongs don't make a right".

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  2. A peça de ironia é muito boa.

    Quanto à suposta unanimidade de tanta gente não é confiável, não por serem muitos ou poucos, antes porque ignoraram alguns aspectos-chave.

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