quinta-feira, 3 de maio de 2018

Cúmplices ou alheados

Os portugueses conseguem falar muito eloquentemente de um governo que entrou no poder há mais de 10 anos e no qual estavam pessoas corruptas, como se mostrarem-se indignados agora adiantasse alguma coisa. E o presente? Gostaria de ver uma avaliação da situação actual mediante o que agora é mais claro e límpido do que a água do Luso: como é que há políticos que andam por aí como se não soubessem de nada na altura e ainda continuam em posições de relevo?

Se este pessoal sabia e não disse nada, foi cúmplice; se teve oportunidade, mas não viu nada, é completamente alheado. Querem-me dizer que um país na situação de Portugal fica bem governado com uma elite política composta de pessoas que, ou são cúmplices de corruptos, ou vivem na lua? E já agora, como é que se pode discutir estes casos de corrupção que se passaram há tanto tempo, sem que as pessoas se perguntem "o que é que se passa agora que iremos descobrir daqui a 10 anos?" Não seria de exigir que a comunicação social fosse um bocadinho mais célere nestas coisas?

10 comentários:

  1. Há 7 anos, Rómulo de Machado no XVII Congresso do PS disse: http://videos.sapo.pt/NIEZt9IMZ9A7faeqA1iC

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  2. "um governo que entrou no poder há mais de 10 anos e no qual estavam pessoas corruptas"

    Importa-se de dizer quais e porquê? Ou quer ficar pela maré de insinuações?

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    1. Caro NG
      Que você continue a insistir nesta tese apenas mostra que sofre de uma patologia psiquiátrica grave.
      Sendo assim, não há nada que possa ser escrito para o esclarecer.

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    2. Concerteza. Quem discorda de nós só pode ser maluquinho. Estamos dispensados de apresentar provas. Basta repetir continuamente as mesmas insinuações, num desfile de escrita criativa entre os vários iluminados combatentes da corrupção. Interessa lá agora que o apuramento dos factos se faça num tribunal, com evidencias e sujeito a contraditório. Já chegámos ao Estado de Direito ou quê?

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    3. "Quem discorda de nós só pode ser maluquinho."

      Não é bem assim. Vou tentar explicar melhor em duas notas:
      1. a questão não é alguém discordar de nós. Por exemplo, alguém que ache que a bancarrota de Portugal de 2011 era inevitável independentemente das políticas nacionais é alguém que discorda de nós sem no entanto ter de ser maluquinho. Portanto a questão não está no discordar ou não de nós, mas antes no que em concreto se está a analisar. Alguém que garanta que 2+2=3 é alguém que está maluquinho. Mas não é por discordar de nós que é maluquinho, é mesmo porque não diz coisa co coisa ao ponto de não saber somar 2 com 2.

      2. De qualquer forma, e aqui dou o braço a torcer, concordo que exagerei. Não é necessário sofrer de uma patologia psiquiátrica grave. Basta que se recuse a usar uma parte significativa do seu cérebro. E isso, infelizmente, é bastante comum.

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    4. https://qz.com/1269977/a-berkeley-professor-explains-why-society-needs-more-troublemakers/

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  3. Sobre o vídeo de Rómulo Machado:
    De Sócrates ficaram betão, túneis, barragens, auto-estradas, fábricas, escolas, tribunais, acesso simplificado à burocracia,... De Passos ficaram rendimentos garantidos para o Partido Comunista chinês e para outros especuladores.

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  4. É. Quem anuncia o céu, em 2011, contrariando uma pesada conjuntura internacional desfavorável, e anuncia o diabo, em 2015, tentando contrariar uma extraordinária conjuntura internacional favorável, é que sabe fazer contas de cabeça. Um dia ainda vou desenterrar o que uns e outros p'raqui disseram e comparar com o que aconteceu, para saber onde é provável existir mais massa cinzenta conectada com a realidade.

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  5. E para memória futura deixo já aqui escrito. Rui Rio tem manifestado a posição mais digna e corajosa diante da maior atrocidade mediático-judicial do pós 25 de Abril. Basta, por exemplo, que o preço do petróleo continue a subir para fazer destrambelhar a geringonça e deixar os blogueiros do Observador outra vez de cara à banda, com a sua eleição como Primeiro-Ministro.

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  6. Gostei de ver como deixaram o NG a falar sozinho. Ele merece o palco.

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