segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Versão 2.286

Segundo o que leio por aí o novo plano de desenvolvimento económico para Portugal é o perdão da dívida soberana, que suponho irá fortalecer a política normal de cativações do governo, que foi o segredo do crescimento dos últimos cinco anos. A continuar assim, um dia destes vão convidar o António Costa para fazer parte do elenco da sequela do Dumb and Dumber, que talvez se chame Dumb, Dumber, and Dumbest, traduzido para português como Três Idiotas em Apuros.

Dívidas soberanas são normalmente consideradas instrumentos de poupança de alta qualidade. A portuguesa não é lá muito boa, mas se se fala em perdão, então fala-se essencialmente que é lixo. Está bem que algum do lixo português é detido pelo BCE, mas se se dá perdão a Portugal então outros países vão querer o mesmo tratamento. 

E depois vão fazer o quê, exactamente? Continuar com a vidinha de sempre de pedinchar à UE ou emitir dívida para financiar despesa corrente, ao mesmo tempo que insultam quem financia Portugal e elogiam o milagre económico do empobrecimento contínuo de há duas décadas. Funciona à primeira, mas estas coisas tendem a não funcionar muitas vezes. 

A UE nunca recuperou da crise da dívida soberana e está bastante atrasada na recuperação económica da pandemia, logo a boa vida acabou e não há grande margem para cometer os erros do passado. Portugal tem três opções: acelera o processo de empobrecimento, mudança forçada, ou mudança voluntária. A terceira opção não é exequível porque não há liderança para tal, logo resta-nos as duas primeiras. 

Nas redes sociais, vê-se muita gente a pedir informação de como emigrar para outros países, assim que a pandemia aliviar. Quanto mais pessoas saírem, menos pressão haverá para haver mudança, logo resta-nos a primeira hipótese: aceleração do processo de empobrecimento. 


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