quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O PSD e os homossexuais

Nos anos 60, o Partido Comunista expulsa um seu dirigente histórico, Júlio Fogaça, usando a sua homossexualidade contra ele*. Nos anos 60, Álvaro Cunhal foi eleito secretário-geral do PCP. Já nos anos 90, possivelmente em 1992, Cunhal declara, numa célebre entrevista a Carlos Cruz, que a "homossexualidade é uma coisa muito triste".

Em 2015, Rita Rato, jovem deputada do PCP, anuncia na Assembleia da República que o PCP vai, pela primeira vez, votar a favor da adopção por parte de casais homossexuais. Interessante ver que o PCP, ao contrário do PSD, não ficou parado no tempo. Interessante ver que neste assunto o PSD está mais próximo da Rússia de Putin, ex-KGB, e o PCP está mais próximo da Holanda (primeiro país, salvo erro, a reconhecer este direito às crianças).

E, todos já perceberam, dentro de poucos anos, a adopção por casais do mesmo sexo vai ser legal. Os ventos da História sopram do lado do PCP e contra o PSD.

* É muito provável que venha algum membro do PCP dizer que esta informação está errada ou argumentando que Júlio Fogaça não foi expulso ou dizendo que a sua homossexualidade já era conhecida dos tempos do Tarrafal e que não foi essa a razão da sua saída.

1 comentário:

  1. Pela minha parte, gosto muito do poeta Catullus (c. 84 – 54 AC), que era bissexual, como eram muitos homens respeitáveis daquela altura, e que escreveu muitos poemas homossexuais. Acho que, como muito bem apontas, há muita gente no lado errado da história a este respeito. Curiosamente, nunca tive nenhum amigo português que fosse abertamente homossexual, mas tenho muitos amigos homossexuais de outras nacionalidades.

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