sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Refugiados nas nossas universidades

Em Setembro passado, numa entrevista ao SOL, defendi que devíamos receber uns bons milhares de refugiados. Falei também na oportunidade que era para Portugal e para as universidades portuguesas receber cá estudantes estrangeiros para se licenciarem, incentivando a sua permanência por aqui.

Assim, só posso ver com imenso agrado uma notícia que a respeito do apoio que Portugal pode dar as refugiados diz isto:
Uma dessas medidas visa oferecer duas mil vagas que hoje existem nas universidades e nos politécnicos portugueses para receber estudantes, que podem assim seguir o seu percurso universitário, ajudando ao mesmo tempo as instituições do ensino superior a encontrarem novas formas de financiamento.
Trazê-los para as universidades é uma forma de os espalhar pelo país, de garantir uma transição suave que facilita a integração e de promover a criação de raízes ao nosso país. As universidades já lidam bastante com gentes de várias culturas. Ao virem para as universidades, vêm para um sítio onde se safa quem apenas fala inglês e, com calma, podem ir aprendendo português. Espero que esta ideia avance.

10 comentários:

  1. Quais universidades? Contam-se pelos dedos das mãos as Faculdades que oferecem integralmente ou quase o programa curricular dos seus cursos em Inglês. Mais de metade dos professores têm espasmos quando lhes é sugerido que passem a leccionar em língua inglesa.

    Portanto o escopo de distribuição dos refugiados é reduzido e essencialmente limitado a cursos com elevado nível de internacionalização, como línguas estrangeiras, gestão, economia, etc.

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  2. Eles ainda não sabem ler nem falar Português e já estão com lugar garantido na Universidade? Nem precisam de fazer prova de aptidão/admissão ao contrário dos Portugueses? É assim?

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    1. Tem de ler com atencao amigo Faustao, a parte importante e que eles ou pagam boas propinas enchem os bolsos das Uni ou trabalham nos campos por "salarios competitivos" e enchem os bolsos ao Agribiz. Dai o aplauso por aqui.

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  3. O amigo Marco parece não estar atento ou então acredita que de um momento para o outro o Agribiz ofereça emprego a 2000 refugiados.... As universidades vão ser pagas a gente que nem falar Português e quem vai ensinar o Português a essa gente e pagar as explicações?

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    1. Amigo Faustao - se puderes olhar, ve. se puderes ver, repara.
      Se "acredito"? "Oferecem emprego"? O agribiz e e construcao civil sao os maiores empregadores de mao de obra ilegal e violadores de tudo o que e lei laboral. Eu e que nao estou atento? hm... ok.
      As universidades "deram" (depois das propinas pagas claro) canudos a tipos como o Relvas, o Passos Coelho ou o Socrates.
      A Dinamarca na frente vai a alumiar o caminho que aqui ensaiam percorrer.

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    2. O amigo Marco tem noção na quantidade de Africanos, Russos, Moldavos com experiência não conseguem arranjar trabalho na construção civil? Acha que assim os refugiados sem experiência Conseguem arranjar trabalho nesse sector? No agribiz talvez arranjem trabalho ( alguns) mas como vão eles trabalhar e estudar se essas empresas do Agribiz são longe das Universidades?

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    3. Experiencia? Trabalhar e estudar? Larga o vinho.

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    4. Nas obras sem experiência só mesmo para acartar com tijolos e mesmo assim vai ser difícil arranjar trabalho. No agribiz do Alentejo, já estão os Tailandeses como escravos e ilegais a receberem 200 euros/mês e não existe trabalho para 2000 refugiados! Quando o fundo de apoio aos refugiados dado a Portugal, no valor de 45 milhões eu quero ver quem vai pagar. Eu não sou de certezinha

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  4. Eu não sou racista, nem contra o multiculturalismo (nada disso) mas quando vi o Santana Lopes e o Jorge Sampaio a anunciarem a oferta de bolsas para refugiados sírios quando os estudantes portugueses não têm bolsas fiquei parvo. Oferecer aos outros o que os nossos tem direito ok, mas agora oferecer mais aos outros do que os nossos dispoem é típico de santanetes e intelectuais burgueses.

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  5. Caro LAC. Portugal já estabeleceu, há mais de 5 anos, um programa com as NU relativa à transferência de matrícula de estudantes universitários Sírios, para estes concluírem os seus estudos em Portugal.
    Portugal tem programas de atribuição de bolsas com Moçambique, Guiné-Bissau e, certamente, com outros países. Ao longo destes últimos e penosos quatro anos nenhum destes programas foi suspenso. Contudo, as bolsas de licenciatura em Portugal foram qualitativa e quantitativamente reduzidas. Há jovens portugueses que não puderam prosseguir os seus estudos universitários por falta de bolsa. A objecção, e o espanto, que aqui o Alberto Silva aponta é legitima. Já os gregos ensinavam que o excesso de virtude é um vício. A lógica de que, em última instância, devemos importar estudantes para preencher as vagas das universidades portuguesas é um absurdo. Ainda superior, o absurdo, quando acompanhada de bolsas aos estudantes importados.

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