sexta-feira, 7 de julho de 2017

As máquinas malandrecas...

No final da semana passada, recebi uma carta a dizer que a segunda prestação do pagamento do meu seguro de carro estava em atraso. Achei esquisito porque não me recordo de receber nenhuma correspondência indicando que tinha de ser paga, apesar de me lembrar que estava na altura; mas, mesmo não recebendo, tinha dado autorização à companhia de seguros para processar o pagamento automaticamente por via de cartão de crédito duas vezes por ano, logo não costumo precisar de fazer nada.

Telefonei à agente local da companhia de seguros, a Gayle, que me disse que a companhia tinha tentado processar o pagamento em Junho, mas não tinha obtido autorização do banco e tinha-me informado do ocorrido via e-mail. Fui ao meu e-mail e não encontrei nenhum aviso. Fiquei de telefonar ao banco para ver se o problema era com o cartão de crédito.

A rapariga do banco, submeteu-me a um rol de perguntas para se certificar que realmente era eu a telefonar: qual o nome do teu patrão que temos no ficheiro, qual o número da tua carta de condução, etc. Eu não sabia. Disse à moça que já mudei de emprego várias vezes e tive cartas de condução de vários estados, todas com números diferentes, logo não me lembrava a que período se referiam as respostas.

Durante o interrogatório, que achei um bocado ridículo, deu-me vontade de dizer à moça que eu estava ali a dar-lhe as respostas que ela podia usar para se fazer passar por mim, mas calei-me para ver se me livrava mais depressa. Por fim, lá se satisfez que eu era quem dizia que era e disse-me que nenhuma transacção tinha ocorrido em Junho que tivesse sido recusada, o meu cartão estava completamente operacional e o balanço estava a zero, havendo limite de crédito suficiente para o pagamento do seguro.

Mais um telefonema, agora para a companhia de seguros, cujo computador me informou que a conta estava sob aviso, o pagamento estava em atraso, o valor que eu devia já incluía uma taxa por eu estar atrasada, blá, blá, blá... Não deu para falar com uma pessoa a sério do serviço central, pois a única opção para falar com alguém era a agente local com quem tinha falado. Peço para me transferirem para ela e algum tempo depois aparece a Gayle ao telefone, que ainda se lembrava da conversa que tinha tido comigo há dias. Digo à Gayle o que o banco me disse: ninguém tinha recusado o pagamento no banco porque ninguém tinha pedido um pagamento ao banco.

A Gayle oferece-se para falar com a companhia de seguros para ver o que eles dizem e depois volta a telefonar-me. Nos serviços centrais não encontram o problema porque é tudo feito electronicamente, mas tenho até o dia 21 de Julho para pagar porque a companhia não pode pedir o pagamento ao banco -- é tudo electrónico e não dá para fazer um pedido individual e, a propósito, já retiraram a taxa de atraso, sem que fosse preciso eu pedir. Depois a Gayle diz para eu telefonar para os serviços centrais e fazer o pagamento por telefone.

Telefonei, paguei, e a operadora electrónica deu-me o número de referência do pagamento. Se a máquina se enganar outra vez, dou-lhe com o número em cima...

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