sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Dia 3

Hoje foi inaugurado o novo Congresso, que tem a distinção de ser o mais diverso da história dos EUA, graças às vitórias conseguidas pelos Democratas. Isto recorda-me de uma discussão que tive no Instagram com um "financeiro português", super-direitolas, que não percebia o significado das eleições de Novembro. Ainda por cima, achava que eu era socialista, ergo burra. Este moço não merecia procriar...

Será curioso ver como a Câmara dos Representantes se irá sair nestes dois anos, sob uma maioria democrata porque há tanta diversidade que se corre o risco de não haver consenso e os Democratas serem reduzidos a um rebanho de gatos, que é o que aconteceu com a maioria republicana, muito mais homogénea, sob Paul Ryan, o líder cessante dos Republicanos na Câmara dos Representantes; ainda por cima, Ryan, que passava a vida a criticar o John Boehner, acabou por ser um líder medíocre incapaz de levar a sua visão a bom porto. O Boehner era uma estrela de rock ao lado dele. Mas lá está, o Ryan é um tipo que se acha uma grande espingarda apesar de exibir severas deficiências em matemática.

Quem revela ser aritmèticamente superior é a Nancy Pelosi. Acho-a uma seca, condescendente até dizer chega, mas não é que ela conseguiu neutralizar os seus inimigos e vai fazer história sendo novamente a Porta-Voz da maioria na Câmara dos Representantes? Toda a gente ficou boquiaberta com a táctica da Nancy, uma avózinha de 78 anos, cujo casaco Max Mara ficou tão famoso que alguém se lembrou de lhe criar uma conta no Twitter. O Trump que se cuide e o Paul Ryan teria feito melhor se tivesse aprendido com ela.

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