quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Orientação

A minha empregada que veio das Honduras recebeu recentemente a irmã mais os seus dois filhos, logo há três crianças lá em casa com 12 anos ou menos. A mais velha ainda não foi para a escola porque ainda têm de ir tratar da papelada. Perguntei se os meninos gostavam de viver aqui e ela disse que sim, estavam todos muito felizes, era outra qualidade de vida e a educação era melhor.

Ela tem uma filha com uns problemas de saúde, que ficou recentemente uns quatro dias no hospital e depois foi transferida para o St. Jude. No St. Jude, que é um hospital para crianças com cancro, as famílias não pagam pelos cuidados médicos, dado que o hospital é financiado através de doações. Explicava-me ela todas estas reviravoltas de saúde, mas metade ficou por entender porque falava muito rapidamente e eu não quis interromper o entusiasmo.

No entanto, não parececia nada preocupada, nem sequer falou nos custos do hospital, mas também não lhe perguntei se tinha seguro de saúde. Em algumas cidades, há apoios para os imigrantes ilegais terem acesso a seguro de saúde a custo reduzido.

Os EUA são um país muito engraçado. Muitos imigrantes ilegais, mesmo não falando inglês, conseguem orientar-se relativamente bem e alguns até pagam impostos sobre o rendimento. Já certos americanos, apesar da vantagem de terem nascido e crescido no país, têm a vida de pantanas, como foi o caso do canalizador e da sua esposa.

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