terça-feira, 15 de outubro de 2013

The difficult case of Tózé Seguro's popularity

Aplicando para cada líder político o método descrito na entrada anterior, dificuldades inesperadas surgiram no caso de António José Seguro. Olhando para os dados, percebe-se a fonte dos problemas.

Como se pode ver no gráfico, com dados até meados de Setembro, a correlação do índice de popularidade da Eurosondagem com o índice das outras casas é negativa. Se admitirmos que existe uma variável latente que explique estes dados, chamemos-lhe Avaliação de Seguro, então, perante uma melhoria da Avaliação de Seguro, o modelo vai prever efeitos opostos na Eurosondagem e nas restantes casas.


Por outras palavras, suponham que, contas feitas, a Avaliação de Seguro tem correlação positiva com o índice de popularidade da Eurosondagem e negativa com as restantes casas. Assim, quando o Seguro subisse nos inquéritos da Marktest, da Católica ou da Aximage, o nosso modelo iria automaticamente considerar que a Avaliação de Seguro desceu. Convenhamos que não seria muito razoável.

Para resolver este dilema considerámos a hipótese de construir dois índices distintos. Um com base na Eurosondagem e outro com base nas restantes casas. Basicamente, sempre que um índice subisse o outro desceria e o leitor que escolhesse em qual acreditar. Acabámos por rejeitar esta solução e optámos por estimar o Filtro de Kalman impondo a restrição de os coeficientes associados à variável latente serem positivos. Assim, evita-se o paradoxo de ter uns índices sistematicamente a descer e a ter a nossa Avaliação de Seguro sistematicamente a subir. Não é a solução ideal, longe disso. Por esse motivo, os nossos índices sobre a Avaliação de Seguro devem ser lidos com toda a precaução e admitindo que podem estar totalmente errados.

No futuro, com novos dados, tentaremos rever as nossas contas e encontrar uma solução mais satisfatória.

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