Agora vocês perguntam-se porque é que eu não tenho tanto carinho pela ideia de ter uma mulher à frente em Portugal. É simples: Portugal está em grandes sarilhos, é muito provável haver uma outra crise antes de 2020, logo porque razão quereria eu uma mulher à frente das coisas quando o país implodisse novamente? Para que o insucesso de Portugal fosse associado à governação de uma mulher, apesar de não ter sido ela a escavacar o país? É injusto! E há muito boa gente em Portugal que torceria contra uma mulher só pelo prazer de a ver falhar, mesmo que isso fosse contra os seus próprios interesses e os interesses de Portugal.
Em 2008, eu gostaria que Hillary Clinton tivesse sido presidente nos EUA, mas hoje acho que foi melhor que Barack Obama tivesse sido presidente. As mulheres são muito mais alvo de comentários negativos do que os homens mestiços. É muito comum ouvir-se "She must be in that time of the month", "Must be the hormones" , etc. Está bem que a Sra. Clinton já está na menopausa (ah, mesmo na menopausa pode sofrer de calores, como presume a CEO texana), mas os americanos gostam de gozar com ela, apesar de ela ter sido uma advogada muito mais competente do que o marido. E depois convenhamos, nunca foi alcoólica como Bush II, nem nunca foi apanhada a trair o marido, mas a sua virtude não é valorizada. A virtude nas mulheres não é valorizada; é esperada.
É mais do que justo que seja um homem a reabilitar o país depois de um homem enterrar o país.
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