Bem, mas isso é irrelevante hoje. Hoje é a véspera! Amanhã é o 25 de Abril e vamos ter mais um ano mau depois da Revolução, porque todos os anos depois da Revolução são maus. Mas eu digo-vos uma coisa: Portugal é um grande país. Fazem-lhe as maiores barbaridades e o país continua, arranja sempre maneira de se safar--desenrasca-se! É o melhor país do mundo, já cá anda desde 1139 e ainda sobrevive. É o país do "Oh, wow!"--sempre que eu digo a um americano "A minha universidade portuguesa foi fundada em 1290." ou "Estava eu na Igreja de Sta Cruz, ao pé do túmulo do nosso primeiro rei, que morreu no século XII...", os americanos todos respondem "Oh, wow!"
Já sei que, amanhã, toda a gente vai dizer que não se devia comemorar o 25 de Abril; devia ser o 25 de Novembro. Eu gosto de Abril, simplesmente porque eu estava para nascer nesta altura mas atrasei-me na barriga na minha mãe mais de uma semana. E, mesmo assim, nasci com uns míseros 2,200 Kg.; mas foi o suficiente para lhe causar um parto difícil e ela colocar o meu pai fora do quarto da maternidade quando ele me foi ver pela primeira vez. Então, dá-me ideia que a nossa Revolução dos Cravos é para Portugal o que eu fui para a minha mãe: ambas causamos dores, mesmo depois do parto.
Amanhã é 25 de Abril e o 24 de Abril parece ser o "last fuckable day", pois a culpa de todo o mal de Portugal dizem-me que aconteceu por causa do 25 de Abril. Antecipo mais tempos difíceis à nossa frente e nós, aqui no blogue, vamos ser especialmente afectados: o NAJ era bom até hoje; amanhã, já estará junto do lado mau da Força.
Sabes como é, Nuno, este será o teu "last fuckable day". Parabéns!
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