Mundus appellatur cælum, terra, mare et aer, chamamos mundo ao céu, à terra, ao mar, ao ar, a tudo isto junto e sem fronteira, fazendo uma única coisa,
melioribus annis, em tempos melhores, se os houve. Mater saeva Cupidinum, a selvagem mãe de Cupido, fora do mundo e ao longe, porque nem está no céu, menos ainda na terra, no mar, no ar, nem no tempo, nem antes nem depois nem durante, massaja com óleos as mãos que quer manter delicadas e doces, para ninguém em particular, para todos, para outro deus, quem sabe, para aquele dos imortais que souber dizer Magister Mundi sum, eu sou o dono do mundo, e para quê, se está fora e longe. Melius est habere quam habuisse, é melhor ter do que ter tido, e quem está no mundo, dentro e próximo, no céu, na terra, no mar, no ar, teve deixou de ter e tem, vive em suma, e por isso o pior e o melhor aplicam-se-lhe inevitavelmente. Multa hospicia, nullas amicitias, muitos conhecidos, nenhum amigo em alguns casos, Me lumen; vos umbra regit, a luz é o meu guia, a sombra é o vosso noutros casos, em todos Me, me adsum qui feci, eu, fui eu quem o fez, cada um vive dentro e próximo do mundo e mais dentro e mais próximo do mundo que faz para si próprio. Mihi quaestio factus sum, converti-me numa pergunta para mim mesmo, assim vivem os introspectivos. Mille ambulat oculis, caminha com mil olhos, assim vivem os exploradores. Mirum somnium somniavi, sonhei um sonho maravilhoso, assim vivem os de grande imaginação. Morsus serpentum, non laedit serpentes, homo homini lupus, a mordedura da serpente não causa dano à serpente, o homem é o lobo do homem, dos introspectivos, dos exploradores, dos de grande imaginação, escapamos por pouco uns aos outros. Mundus nihil pulcherrimum, o mundo é um belo nada, gritou Giordano Bruno por cima do ruído crepitante do fogo numa praça romana sem flores naquele dia. Mirabile dictu. Mirabile visu. Mirabilis cena.
melioribus annis, em tempos melhores, se os houve. Mater saeva Cupidinum, a selvagem mãe de Cupido, fora do mundo e ao longe, porque nem está no céu, menos ainda na terra, no mar, no ar, nem no tempo, nem antes nem depois nem durante, massaja com óleos as mãos que quer manter delicadas e doces, para ninguém em particular, para todos, para outro deus, quem sabe, para aquele dos imortais que souber dizer Magister Mundi sum, eu sou o dono do mundo, e para quê, se está fora e longe. Melius est habere quam habuisse, é melhor ter do que ter tido, e quem está no mundo, dentro e próximo, no céu, na terra, no mar, no ar, teve deixou de ter e tem, vive em suma, e por isso o pior e o melhor aplicam-se-lhe inevitavelmente. Multa hospicia, nullas amicitias, muitos conhecidos, nenhum amigo em alguns casos, Me lumen; vos umbra regit, a luz é o meu guia, a sombra é o vosso noutros casos, em todos Me, me adsum qui feci, eu, fui eu quem o fez, cada um vive dentro e próximo do mundo e mais dentro e mais próximo do mundo que faz para si próprio. Mihi quaestio factus sum, converti-me numa pergunta para mim mesmo, assim vivem os introspectivos. Mille ambulat oculis, caminha com mil olhos, assim vivem os exploradores. Mirum somnium somniavi, sonhei um sonho maravilhoso, assim vivem os de grande imaginação. Morsus serpentum, non laedit serpentes, homo homini lupus, a mordedura da serpente não causa dano à serpente, o homem é o lobo do homem, dos introspectivos, dos exploradores, dos de grande imaginação, escapamos por pouco uns aos outros. Mundus nihil pulcherrimum, o mundo é um belo nada, gritou Giordano Bruno por cima do ruído crepitante do fogo numa praça romana sem flores naquele dia. Mirabile dictu. Mirabile visu. Mirabilis cena.
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