Será que dava para disfarçar o tamanho da ignorância dos nossos políticos? Em primeiro, João Soares não era qualificado para o cargo de Ministro da Cultura, logo não teria sido um grande Ministro da Cultura e é ridículo sequer afirmá-lo só para ficar bem "na fotografia" -- um bom político teria arranjado uma maneira de ficar de bem com João Soares sem ter de admitir ao país uma coisa que toda a gente sabe ser falsa.
Em segundo, João Soares também tem sérias deficiências na área júridica pois demite-se, diz, para assegurar o seu direito à liberdade de expressão, depois de ter ameaçado bofetadas a quem exercia o seu direito de liberdade de expressão -- ainda por cima, na comunicação social, que tem protecções na Constituição da República Portuguesa. Isto passa algum teste de lógica ou Direito, caro João Soares?
E, finalmente, ele há coisa que exiba maior pobreza de espírito do que andar sempre a falar em Miró? Se querem mais Surrealismo, para além do que a que nos sujeitam, escolham Magritte: façam exposições da sua obra, com caixotes de maçãs verdes espalhados pelo país, para os portugueses poderem atirar uma maçã a cada Deputado, Ministro, Secretário de Estado, Presidente da Câmara, etc. que se aventure sair à rua (aproveitem e usem maçãs podres em Lisboa e Coimbra). Dêem aos portugueses, que vos pagam os salários, a possibilidade de serem eles a criar e fazer algo surrealista.
Não há paciência para tanta ignorância e incompetência. Isto não é Democracia; isto é Estupidocracia.
Esquerda: fantasia; Centro: The Son of Man (Magritte, 1946); Direita: fantasia
Rita, em várias sociedades a queda aos abismos da estupidocracia é a regra e, de resto, é normal que aconteça. A sociedade Portuguesa, em particular, pelas suas características, é profundamente dada a essa peçonha que, de resto, terá efeitos negativos muito duradouros. Ou a menina - permita-me, rogo-lhe, o uso do "menina" dada a sua escrita tão alegre e fresca - acha que alguma vez em dias da vida os Portugueses aceitariam uma meritocracia como a que existe em Singapura? Algo que é a perfeita antítese da Portugalidade a que Teixeira de Pascoaes chamou em 1915 "A Arte de Ser Português".
ResponderEliminarNão me incomoda nada. Até acho engraçado que me chame menina porque, muitas vezes, me dizem que a minha voz ainda soa a "voz de menina". :-)
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