domingo, 20 de janeiro de 2019

Dia 18

Dia triste: morreu a Mary Oliver. A primeira vez que ouvi falar nela foi em 1996, quando fiz o programa de intercâmbio durante a licenciatura. A Karla adorava os seus poemas e foi ela quem me falou de Mary Oliver. Nunca me esqueci do nome, apesar de ter levado alguns anos até a ler. Não penso que seja muito conhecida em Portugal, pois não encontrei nada dela traduzido em português. Uma pena, como já mencionei no outro dia.

Não me recordo da última vez que tivemos um dia inteiro de sol. Quase todos os dias está nublado e muitas vezes chove. Se não fosse andar distraída com o trabalho, o cão, e as mudanças, acho que estaria à beira de uma depressão data a falta de luz. Apeteceu-me a Primavera assim que passou o Natal e pensei como era estranho desejá-la tão cedo, poucos dias depois do Inverno começar. Talvez eu ainda esteja habituada à claridade de Houston.

Depois do trabalho arrumei algumas louças para levar para a casa nova. Muita louça portuguesa tenho eu. Acho que o PIB português cresceu umas décimas à minha conta. Felizmente a nova cozinha tem bastante arrumação; o único problema é eu ser tão baixa que, mesmo com um escadote, tenho dificuldade em chegar às prateleiras de cima. Não tenho nenhuma noção do quão pequena sou, mas uma vez eu e as minhas amigas americanas tirámos uma foto de grupo e lá estava eu minúscula entre elas. Na aula de yoga a instrutora acha muita piada que eu seja a mais pequenina que lá está. A verdade é que a maior parte das vezes, dá muito jeito ser pequena.

1 comentário:

Não são permitidos comentários anónimos.