quarta-feira, 20 de maio de 2015

Cancioneiro popular-arrevesado

Canto a Pátria por amor
No tempo do milho-rei.
Com mil homens esbarrei
Em terras de trovador,
Ledo ar fora-da-lei.

Se a vida nos permite,
Não há por que hesitar.
Ao meter os pés num bar
Se vires boa peça ri-te.
Será quem te há-de buscar.

Certo estimado doutor
À minha roda dançou
Procurando por quem sou.
Trocei, fingindo pavor,
Quando Apolo me abraçou.

Vem de dentro um arrepio
Quando entro na catedral.
Que sinto a força do Mal
E o calor se torna frio.
Moço quero, não sei qual.

Vejo um, terra de Glória,
Cara bela e corpo alto.
Aproximo-me de um salto,
E aqui começa a história
Duma queca no planalto.

Apesar de outra cobiça,
Finjo ser sem fazer frete
A da canção, a Rosete.
Sigo pr'a cavalariça,
Vou brincar ao mete-mete.

Não acabou dita noite
Sem que três vezes viesse
O orgasmo – que finesse
Mais uma sessão de açoite
E o rapaz feito num S.

Ah! Bendita terra fria
Que o corpo me estremeceu.
Bendito homem o seu,
De glande rija e macia,
E o tempo que ma deu.

(Versos apócrifos de apoio à campanha de natalidade das quartas-feiras)

4 comentários:

  1. Muito obrigada por continuares a campanha hoje!

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    1. You're welcome. O mundo e o país podem contar comigo para continuar a povoá-los de vocábulos, mesmo que não sejam redondos.

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  2. Excelente! Quem é o autor?
    Eu repito, neste jogo todo eu vejo muito mete-mete, mas natalidade é que não vejo nenhuma. Mete-mete com pílulas à mistura não serve!

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    1. O autor é o Nuno, como indica o facto de o nome dele estar ao fundo do post.

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