quinta-feira, 14 de maio de 2015

Salvar a vida

Recentemente, numa conferência, Gonçalo M. Tavares disse que a “maldade individual” corresponde a um instinto natural da espécie humana, sem o qual esta já teria sido extinta. Não há dúvidas de que o mundo sempre foi cruel. Em última análise, ninguém está disposto a sacrificar a vida para salvar o outro. Existem, todavia, sacrifícios excepcionais, como o de um pai ou de uma mãe que sem hesitações dão a vida por um filho.
Segundo Gonçalo M. Tavares, a pergunta que devemos colocar é: “por quantas pessoas estaríamos dispostos a romper este contrato humano da maldade?” O autor conclui: “Se no final da vida a resposta for nenhuma, então acho que de algum modo falhámos.”

1 comentário:

  1. "Em última análise, ninguém está disposto a sacrificar a vida para salvar o outro. Existem, todavia, sacrifícios excepcionais, como o de um pai ou de uma mãe que sem hesitações dão a vida por um filho."

    A explicação evolutiva clássica é que estamos dispostos a sacrificar a vida pelos nossos genes, estilo "a minha vida vale o mesmo que a vida de dois irmãos meus (que terão 50% dos meus genes), ou quatro primos (que terão, se não estou em erro, 25% dos meus genes), etc.".

    Mas o facto de pessoas estarem dispostas a arriscar a vida para salvar cães (ou mesmo parentes idosos que já passaram a idade fértil) indica que é algo mais do que isso.

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